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Jenna

Emma estava secando o cabelo, a maluca realmente pintou o cabelo. Está morena, é estranho, mas não deixou de ficar linda.

- Sua namorada morena está gata ? - Emma perguntou me olhando.

- Muito gata.

- Terminando aqui vamos lá conhecer sua família.

- É estranho eu dizer que estou nervosa? - Perguntei a Emma

- Não, é compreensível.

- É que sempre conversamos pelo celular, eu nunca cheguei a vir ao Brasil. Só minha mãe veio com meu pai. E se não gostarem de mim?

- Impossível não gostar de você. Tipo assim, você é meio rabugenta? Sim, mas é legal também.

- Fã ou Hater?

Emma terminou de arrumar o cabelo, e me deu um beijinho.

- Nossas mães estão batendo perna. - Emma comentou. - Provavelmente foram até seus familiares primeiro que a gente.

- Espero que minha mãe não arrume um namorado aqui. - Falei e Emma riu.

- Que ciumenta, credo.

- Vamos logo. - Falei segurando a mão da Emma. - Não esqueça, você não é Emma Myers, pelo menos aqui.

- Eu já sei o roteiro, baby.

Emma e eu saímos de casa, fomos caminhando de mãos dadas para o endereço que minha prima tinha mandado mais cedo pra gente. Ao que parece é bem perto de onde estamls ficando.

- Eu consegui falar com os meninos. - Emma falou descontraída. - Hunter, Naomi e Joy.

- Como estão?

- Foram a loucura quando viram as notícias. E piraram quando falei que estamos namorando.

- Imaginei.

- Estão querendo vir pra cá...

- Emma, nem pensa nisso. - Falei sério. - Todo mundo sabe que eles são seus amigos, é óbvio que vão descobrir que você está aqui.

- Eu sei, eu disse isso pra eles.

- Desculpa estar seria com você, mas é para o nosso bem. Eu não quero que aconteça de novo o que rolou em Nova Iorque.

- Eu sei. Mas estamos tomando cuidado, até pintei o cabelo.

- Ei, acho que é aqui.

Tinha um portão grande na frente, parece uma casa humilde, mas não deixa de ser grande e bonita.

Bati no portão, e uma garota, aparentemente da minha idade abriu.

- Você deve ser a prima Jenna. - A garota me abraçou.

Do nada, fiquei sem reação.

- E você é a namorada. - Ela falou gentil.

- Isso, sou Emma. - Emma falou com seu portunhol.

- Olha o sotaque gringo, amei.

- Eu sou a Carol, namorada da prima da Jenna.

Carol namora a minha prima Dayane. Isso eu já sabia.

- Vamos entrando, a mãe de vocês já estão aqui a um tempão.

Carol fechou o portão e saiu arrastando a gente pelo corredor.
A casa tem uma área na frente e ao que parece na parte de trás também.

- Chegaram.

- Jenna, minha neta.

A senhora sentada em uma cadeia de fio, falou toda sorridente.

Estou meio deslocada.
Eu vou até a senhora, ou eu fico queita.

- Vem aqui, filha. - Minha mãe falou me puxando. - Essa é sua avó, mãe do seu pai.

- Nem me fala daquele desnaturado. - Agora eu gostei dessa velha.

Fui até a senhora e abracei ela.
Depois veio minhas tias, e cinco primas.

Foi tanto abraço que quase fiquei maluca.

Ficamos ali conhecendo todo mundo.

Até que alguns foram embora, ficou só minha tia mais velha, a Dayane, a namorada dela, a vó e nossas mães.

- Estou mais confortável agora. - Falei cochichando no ouvido da Emma.

Nos deitamos na rede, e ficamos falando baixo.

- Eles são adoráveis. - Emma disse sorrindo. - Brasileiros são legais.

- Nunca vou perdoar Edward por não ter trazido você antes. - Minha avó falou pra mim.

- Com todo respeito, mas seu filho só serviu pra dar prejuízo pra gente. Morreu e ainda deixou dívidas pra gente pagar.

- Jenna...

- Mãe, tô falando a verdade. E a vó sabe muito bem disso. Falamos por telefone. - Interrompi minha mãe.

- Edward sempre foi avoado mesmo. - Minha tia falou.

- Prima, os amigos da Carol vão em um baile mais tarde, topa ir cm gente ? - Day perguntou.

Olhei pra Emma, ela está muito afim de ir, mas acho que não seria um boa.

- Estamos cansadas hoje, deixa pra próxima. - Falei e a Emma beliscou meu braço.

- Eu queria ir. - Ela falou baixinho no meu ouvido.

- Não podemos ficar em um lugar cheio de gente, e se fotografarem você, e os seguranças?

- Aí que chata. - Emma respondeu alto.

- Chata é você, insuportável. - Respondi no mesmo tom.

- Elas namoram e se tratam desse jeito? - Carol perguntou pra minha mãe.

- Desiste, querida. Eu já desisti de entender esse namoro estranho. - Minha mãe respondeu.

- Ontem brigaram cedo, a noite estavam se atracando na sala. - Dona Ester falou.


✌🏽

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