Capítulo 7

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De volta à sala de estar da casa de Isabela, o ambiente estava tenso. Ana estava no quarto, mas todos sabíamos que a calma era temporária. Mafê nos olhava com expectativa, esperando por respostas, enquanto Isabela e Kawan estavam atentos ao nosso retorno.

Mafê: — Como assim?

Ellen se adiantou, colocando as mãos nos bolsos, claramente tentando manter a calma.

Ellen: — Encontramos mais do que esperávamos. A igreja abandonada onde você disse que Ana começou a mudar... bom, lá dentro havia símbolos gravados nas paredes. Símbolos de uma seita satânica que estava realizando rituais.

Isabela pareceu empalidecer, levando uma mão à boca.

Ellen: — Encontramos um vestígio de um ritual de invocação. Eles estavam tentando trazer algo para este mundo. E parece que Ana acabou sendo uma vítima desse processo.

Isabela: — Misericórdia... o que isso significa? Minha filha vai ficar bem?

Eu: — Vamos fazer o possível para tirá-la dessa, mas precisamos descobrir exatamente o que foi invocado e como. Por enquanto, sabemos que a igreja está ligada ao que está acontecendo com Ana.

Isabela: — Mas isso é tão estranho, quando eu e Ana entramos na igreja o local parecia normal fora o ambiente que já estava precário, porque eu não fui possuída?

Jorge: — Bom... O local estava abandonado a muito tempo, não se sabe o que foi feito lá durante esses anos, talvez a gente deva voltar a igreja depois, pra tentar descobrir mais algumas coisas.

Enquanto Ellen continuava explicando os detalhes para Isabela, notei Kawan e Mafê no canto da sala, conversando em voz baixa. Kawan estava com uma expressão séria, mas havia algo mais suave em seus olhos quando ele olhava para Mafê. Ela, por sua vez, o escutava atentamente, mas o leve sorriso que escapava quando ele fazia algum comentário indicava uma conexão que ia além da situação que enfrentávamos.

Kawan inclinou-se um pouco mais perto dela, a voz baixa, como se quisesse confortá-la.

Kawan: — Vai dar tudo certo. Eu sei que é complicado, mas estamos juntos nessa.

Mafê sorriu, aquele sorriso genuíno que ela só oferecia às pessoas de quem realmente gostava.

Mafê: — Eu sei... — ela fez uma pausa, olhando para ele por um momento a mais, antes de desviar o olhar, tentando não demonstrar muito. - Você sempre tem esse jeito de deixar as coisas menos assustadoras.

Kawan deu uma risada leve.

Kawan: — Faz parte do meu charme.

Eu: — O que meu casal favorito ta cochichando aí no canto hein?? Vou fingir que nem ouvi.

Mafê: - Casal? De onde você tirou essa ideia Daniel? Eu e Kawan somos só amigos como todos nós aqui.

Eu- - Ah é? É que tá ficando um pouco óbvio de que tem alguma coisa crescendo entre vocês dois.

Ellen: - Eu concordo! — Disse toda convencida.

Kawan: — Ah não... Até você Ellen?? Vocês tão criando conspiração na cabeça.

Ellen: — Mais eu só tô falando a verdade, na minha opinião vocês dois combinam muito.

Isabela: — Eu pensei que vocês se gostavam, por que quando eles três tavam fora parecia que vocês dois ficavam mais próximos.

Eu: — Como assim? Que história é essa? Não me digam que vocês dois querem esconder isso da gente. — Sorri de leve.

Jorge: — Ei gente, foco pelo amor de Deus! A gente tem um caso mais importante pra resolver agora.

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