12. O Mestre das Chamas não consegue dominá-las.

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A segunda-feira chegou e trouxe com ela o Sol quente, me fazendo sentir os raios solares em minha pele como se eles estivessem beijando cada centímetro dela. Parece verão nos Hamptons, e nem mesmo os óculos escuros impedem que eu seja atingido pela luminosidade do Céu ao sair do resort à procura de Seokjin.

Não demoro a encontrá-lo; ele está perto de uma cerca que separa o campo dos cavalos da área dos hóspedes. Está conversando com um rapaz, mas acena rapidamente para mim assim que percebe a minha aproximação.

— Qual é a pira que você tem com acordar cedo? — Pergunto ao chegar perto dele. Tiro os óculos e esfrego os olhos, tentando acordar. — Bom dia.

— Posso aproveitar mais o dia. Qual é, seu otário?! Estamos no paraíso! Não podemos perder nem um instante. — Ele me estende a mão para um high-five. — Não basta você ter passado a droga do dia inteiro enfurnado no quarto ontem.

Encosto-me na cerca e, corroído pela preguiça porque, porra, não deve nem mesmo ser oito e meia da manhã, apoio o cotovelo e recosto a mão no queixo. Fito Seokjin emanar animação, e bocejo.

— Não consigo explicar a dimensão do meu cansaço, mas é a primeira vez que me sinto assim.

— Então você deve ter sentado muito no Jungkook, porque pra estar mais cansado do que daquela vez em que o seu pai te inscreveu nos Jogos Olímpicos do colégio e você pagou um mico do cacete caindo na pista no meio da corrida...

Interrompo-o ao erguer o dedo do meio em direção ao seu rosto.

— Você calado é um poeta. — Murmuro, revirando os olhos. A menção ao meu sexólogo me faz acordar definitivamente. — Eu não "sentei" no dr. Jeon. — Pendo a cabeça para o lado, relembrando em flashes alguns frames da noite de sábado. — Quer dizer, sentei, mas no colo, não necessariamente cavalguei no pau dele.

— Jesus misericordioso... — Jin cicia, espantado, com olhos que faltam me engolir. — Quer dizer que...

— Ele me ajudou a bater punheta. — Respondo, afastando-me da cerca. — E eu gozei na mão dele.

— O que aconteceu com o papo "eu não gosto de homens, seu arrombado"? — Ele me imita, e eu rio da encenação enquanto o puxo pelo pulso para caminharmos. — Sabe, você negava sempre que eu insinuava e rejeitava qualquer cara que eu apresentava. Ah, seu broxa do cacete, eu estava certo esse tempo todo! Qual é a sua? Disserte sobre, vambora, disserte!

Minhas risadas atraem a atenção de alguns hóspedes, eu sou falho em escondê-las ou disfarçá-las. Seokjin, pelo contrário, está emburrado, o que atiça ainda mais o meu riso.

— Nenhum daqueles caras é Jeon Jungkook. Isso explica muita coisa, não acha? — Questiono, hasteando o cenho. — Estou escrevendo sobre ele, na verdade, sobre os sonhos eróticos que tive com ele.

— Ele sabe?

— Não, mas leu o primeiro texto, ele me pediu para ler quando eu disse que queria a ajuda dele. Retirei seu nome do texto e disse que tenho um "muso", que sonho com ele e resolvi escrever sobre. — Explico, caminhando em direção ao restaurante do Mirror Lake. — Logo depois, o contratei como sexólogo particular.

— Você fez essa presepada toda só para tê-lo por perto? — Ao entrarmos no restaurante, Jin pergunta. — Gente, que pirado... Achei tudo! — Reviro os olhos e sorrio de leve. É claro que Kim Seokjin me apoiaria, é claro. — E quanto ao seu problema na pica?

Fecho o punho e soco o braço dele.

— Eu não tenho problema no meu pau, Jin. — Rebato em um resmungo e procuro uma mesa vazia para ocuparmos. — E eu gozei muito.

SEXOLOGIST (MUSO)Onde histórias criam vida. Descubra agora