Os magos de Tisam

Um dia comum em Tisam

Desde que Guam se entende por gente, ele tem sonhado com uma mulher enigmática. Ela nunca apareceu em sua vida real, não que ele lembre. Mas sempre está presente em seus sonhos, com cabelos claros, olhos cor de mel e pele branca. Nos sonhos, eles se encontram à beira de um lago sereno, onde uma fonte suave borbulha.
A cada noite, ela diz uma frase diferente, sempre cheia de amor e cuidado. Suas palavras ecoam em Guam, afirmando que ele é importante e que, em breve, encontrará seu verdadeiro caminho. Por conta dessas mensagens, ele nunca se sentiu sozinho, mesmo sem saber quem era essa mulher.Esses sonhos se tornaram um refúgio para Guam, um lembrete de que existe algo maior esperando por ele. 

No seu dia a dia, Guam encontra conforto nos livros que seu pai deixou, mergulhando em histórias que o inspiram. Ele treina arduamente para se tornar forte, mas, apesar de seus esforços, nunca consegue vencer as lutas de espada. Sem as magias que os outros magos possuem, ele se sente em desvantagem, frequentemente alvo de risadas e provocações de adversários de outras famílias.No entanto, Celesta e seus cinco amigos — herdeiros das poderosas famílias de Tisam: Daiuon, Moksuldant, Tahi e Jyumh — estão sempre ao seu lado. Eles o apoiam em todos os desafios, defendendo-o com fervor e amizade. Cada um deles traz uma habilidade única, formando um grupo unido que acredita em Guam, mesmo quando ele duvida de si mesmo. A presença de Celesta é um apoio inestimável, lembrando-o de que sua força não se mede apenas em magia, mas também em coragem e determinação. Juntos, eles enfrentam as adversidades e Guam começa a perceber que sua jornada vai além das lutas — ele busca, afinal, o significado de seus sonhos e o destino que o aguarda.
Os seis magos que criaram Guam ainda se preocupam com o paradeiro de Maguen, mas a vida não para. Eles se dedicam às suas responsabilidades diárias, que incluem cuidar das estrelas que morrem. Cada estrela representa um fragmento da magia e da história de Tisam, e sua perda traz um luto profundo àqueles que compreendem seu valor. Os magos realizam rituais para honrar essas estrelas, assegurando que suas essências sejam preservadas.Além disso, enfrentam a crescente ameaça da feitiçaria descontrolada. Desde a morte de Séfrodi, eles optaram por não matar mais ninguém, preferindo expulsar os praticantes de feitiçaria que ameaçam a paz e a harmonia de Tisam. Essa decisão trouxe um novo equilíbrio, mas também desafios, já que muitos ainda resistem às novas regras e tentam escapar da vigilância dos magos.Enquanto trabalham para manter a ordem e proteger Tisam, os magos discutem novas maneiras de lidar com as dificuldades que surgem, sabendo que suas ações moldarão o futuro do reino.
Os magos são conscientes de que cada estrela que morre é um sinal alarmante: ou um mago perdeu a vida, ou outro começou a praticar feitiçaria. Esse fenômeno ocorre quando meteoros caem em Tisam, trazendo consigo poderes malignos. Quando um meteoro cai, sua essência corrompida emana um encanto irresistível, atraindo a curiosidade e a ambição de alguns magos.Infelizmente, muitos não conseguem resistir ao chamado sedutor do meteoro, levando-os a um caminho de trevas. Aqueles que sucumbem a essa tentação não apenas perdem a luz das estrelas, mas também a própria essência da magia que os uniu. O temor entre os magos cresce à medida que percebem que, a cada queda de meteoros, o equilíbrio de Tisam se torna mais vulnerável.Determinado a proteger seu lar, o grupo de magos intensifica seus esforços. Eles realizam vigilâncias noturnas, monitorando o céu e mantendo os olhos atentos aos sinais de queda. Cada membro assume uma tarefa específica, com alguns focando na purificação dos locais atingidos e outros trabalhando para reverter a corrupção que os meteoros trazem. A luta contra essa influência maligna se torna uma prioridade, pois os magos sabem que, sem ação, mais estrelas podem desaparecer e mais almas podem ser perdidas para as trevas.