𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐄 𝐎́𝐃𝐈𝐎;; 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐲

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Sempre me perguntei o que estava errado na Clareira

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Sempre me perguntei o que estava errado na Clareira. Não era o Labirinto, nem os Verdugos... era ele.

Gally.

Desde o primeiro dia, o olhar dele queimava, como se eu fosse um problema que ele precisava eliminar. Não sei por que ele me irritava tanto, mas a cada ordem que ele dava, a cada decisão que tomava, parecia que tudo em mim queria explodir.

Na verdade, eu sabia exatamente o porquê.

Gally e eu éramos opostos em tudo. Ele era teimoso, controlador, sempre se agarrando às malditas regras como se fossem a única coisa que nos mantinha vivos.

E talvez fossem, mas isso não me dava paz.

Cada palavra dele me atravessava, como se eu estivesse o tempo todo esperando uma chance de revidar.

Mas a verdade?

Eu odiava a forma como meu coração batia mais forte quando ele falava comigo. Odiava como, no fundo, eu me importava com o que ele pensava.

E essa noite, quando decidi que iria para o Labirinto sozinha, ele apareceu.

Sempre ele.

— Você enlouqueceu?

Só o som da voz dele já me deixava furiosa. Virei-me para encará-lo.

— Me deixe em paz, Gally. Você não manda em mim. — Bufo com raiva.

Ele não se intimidou, como sempre. Seu corpo veio para mais perto, a presença dele me cercando, sufocante. — Estou tentando te manter viva — Ele rosnou, os olhos fixos nos meus, cheios de frustração.

— Você acha que pode fazer tudo do seu jeito, acha que não precisa das regras?

— Regras? — Quase gritei, sentindo meu sangue ferver. — Eu estou cansada das suas regras! Cansada de você achando que sabe o que é melhor para todos. Talvez eu seja capaz de fazer o que você não consegue! Talvez eu não tenha medo de encarar o que está lá fora.

Os músculos no rosto dele se contraíram, os olhos se estreitaram. Ele deu mais um passo à frente, e dessa vez, não havia mais espaço entre nós. Meu corpo se preparou para o confronto.

— Você acha que eu tenho medo?— Ele murmurou, a voz baixa, intensa, como se cada palavra fosse uma faísca. — Você não faz ideia do que eu enfrentei para manter todo mundo aqui vivo.

Houve um segundo de silêncio, denso como o ar antes de uma tempestade. E, por algum motivo, o som do coração dele batendo forte tão perto do meu me atingiu com uma força inesperada.

A tensão entre nós era insuportável, a raiva fervendo por baixo, mas havia algo mais ali, algo que eu não conseguia mais ignorar.

Eu odiava o jeito que ele falava comigo. Odiava que ele sempre estivesse no meu caminho.

E odiava o fato de que, no fundo, o que eu queria, mais do que qualquer outra coisa, era ele.

Antes que eu pudesse me impedir, minha mão subiu até sua camisa, e num movimento brusco, eu o puxei para mim.

O beijo aconteceu como um trovão, rápido, inesperado e devastador. Foi um choque que nos sacudiu. Senti o calor do corpo dele colado no meu, e de repente, toda a raiva se transformou em algo ainda mais intenso, algo que eu vinha reprimindo desde o dia em que coloquei os pés na Clareira.

Gally ficou paralisado por um instante, surpreso, mas logo seus braços estavam ao redor da minha cintura, e o beijo se tornou mais profundo, urgente. Era como se tudo o que havíamos segurado – todo o ódio, toda a frustração, toda a tensão – finalmente tivesse encontrado uma saída.

Quando nos afastamos, ainda sem fôlego, o mundo parecia diferente.

Meu coração estava disparado, e os olhos de Gally, antes sempre duros e frios, agora estavam cheios de algo que eu nunca havia visto: confusão, desejo, e talvez até vulnerabilidade.

— Então... isso não muda nada. — Ele murmurou, a voz rouca, mas sem a mesma firmeza de antes.

Eu ri baixinho, tentando ignorar o fato de que minhas pernas tremiam.

— Claro que não— Respondi, fingindo desprezo.

Tá mentindo pra quem, doida?

Foi nesse exato momento que ouvimos um pigarro vindo de algum lugar perto da muralha. Eu me virei imediatamente, o coração ainda acelerado, só para ver Minho saindo das sombras, braços cruzados e um sorriso travesso nos lábios.

— Bom, bom, bom — Ele disse, balançando a cabeça.
— E eu pensando que ia testemunhar uma briga... e vocês dois estavam é se agarrando.

Meu rosto imediatamente esquentou, e Gally deu um passo para trás, visivelmente sem reação.

Minho continuou, fingindo espanto.

— Gally, quem diria, hein? O valentão finalmente mostrou que tem um coração. Eu não perderia isso por nada!"

— Vai pro inferno, Minho. — Gally retrucou, o rosto vermelho.

O garoto asiático apenas riu, sem perder o ritmo.

— Ei, relaxa, cara. Não estou julgando. — Ele colocou as mãos no quadril. — Só... talvez da próxima vez me avise. Assim eu trago pipoca.

Eu não pude evitar soltar uma risada nervosa, enquanto Gally balançava a cabeça, visivelmente irritado.

Minho se aproximou de mim, me dando um tapinha no ombro.

— Sabe, Maddie, se você conseguiu fazer o Gally baixar a guarda... acho que agora você pode sobreviver a qualquer coisa.

— Obrigada pela confiança, Minho — Eu disse, tentando parecer casual, embora meu coração ainda estivesse disparado.

Enquanto Minho saía, ainda rindo de sua própria piada, olhei de volta para Gally.

Ele estava parado, de braços cruzados, o rosto ainda ligeiramente vermelho.

Sorri vendo a cena, meu trabalho foi bem feito.

Sorri vendo a cena, meu trabalho foi bem feito

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001. Oioi bestiees, como estão??

002. SUMI, MAS, voltei!!
Teremos mais atualizações por
aqui e pela fic de SURVIVE!

003. Não sejam leitores fantasmas,
deixem um comentário e uma estrelinha. Isso
é um incentivo para continuar postando aqui <33



XOXO
yas.

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⏰ Última atualização: Sep 27 ⏰

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