Capítulo 23 - Obsessão

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— Você já namorou com aquele menino? — foi a primeira coisa que ouvi quando voltei a me sentar ao lado do bill.

Pode ser fruto da minha imaginação, mas pude jurar que a voz dele demonstrou certo ciúmes por eu ter ido falar com o citado.

— O loiro? Não. Ele é meio doido, mal tenho certeza do nome dele.

Bill não respondeu, apenas levou os dedos para trás de suas orelhas e me encarou com as pupilas dilatadas.

— Você está com o rosto diferente. Parece um borrão. ― ele sorriu. Vi que seus olhos estavam fechando aos poucos.

Levantei uma das sobrancelhas, quase não escutando sua voz de tão arrastada.

— Mas você continua muito bonito.

― Você bebeu mais? — perguntei, incrédulo.

— Você ouviu? Você é bonito. — ele
continuou. — Bonito, muito bonito. Acho que é o garoto mais lindo que eu já vi. — ele chegou mais perto. Eu paralisei.

Quando senti a mão do Bill encontrar a minha, eu saí do transe que estava e olhei para nossas mãos, a mão dele era pequena comparada à minha.

— Para de beber essa merda. — pigarreio, relaxando as costas.

Ele riu, revirando os olhos.

Seria coincidência demais aquele garoto ter o mesmo nome do que o que me manda mensagens, né?

Não é possível. Nem tenho certeza se Victor é mesmo o nome dele.

Não pude ver o rosto do Bill já que eu encarava o balcão a minha frente. Senti minhas mãos suarem e uma necessidade palpável de ir atrás do suposto Victor.

Quando avisto o tom, me levanto e vou até ele a fim de acabar com isso.

— Acho que descobri quem que mandou aquelas mensagens. — falo mais pra mim do que pro tom.

— Cadê o cara?

— Fica com o Bill, ele tá bêbado. — pedi.

Ele olha o bill de soslaio antes de assentir com a cabeça, e apenas depois de o ver ao lado do Bill, entro no banheiro e encontro quem eu esperava.

Ele me encara, examina cada passo que eu dava até eu o questionar:
— Qual é seu nome?

Ele fitou-me por mais alguns segundos até se aproximar com a mão no peito:
— Ah, você esqueceu?

Me afasto, ele então se escora no balcão e responde minha pergunta:
— É Luiz.

Eu soltei o ar que havia prendido, mesmo ainda com um peso nas costas.

— Eu me confundi, desculpa. — me viro, a fim de sair quando sinto-o me puxar sutilmente.

— Tudo bem, mas agora que você veio aqui, deixa eu falar um pouco com você. — a voz perto da minha nuca me faz sentir náuseas.

Eu me viro na intenção de acabar com aquela sensação e cruzo os braços, relutante.

Ele sorriu, as mãos agitadas enquanto mordia os lábios.

— Entrou numa banda, hein?

— Pois é, mas eu preciso mesmo ir agora.

Ele me ignorou, voltando a falar:
— Você tava bonito naquela festa.

Eu revirei os olhos.

— Postaram fotos? — quis bocejar, mas não aconteceu.

— Hurum. — murmurou.

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⏰ Última atualização: 7 days ago ⏰

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