Capítulo 3

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Estacionei o carro do outro lado da rua, Diego estava olhando para a placa em neon azul que quatro homens estavam instalando.

Blue Jeans brilhava no alto da faixada de tijolos cinzas na esquina.

- Isso – ele disse aos instaladores, vi que um deles revirou os olhos.

Provavelmente porque Diego os fez ficarem segurando aquela plaga gigante por horas até encontrar o ponto perfeito.

Me aproximei e sorri para ele quando ele me julgou dos pés à cabeça. Ele fazia muito isso.

- Pensei que fosse direto para casa se arrumar – ele voltou a olhar a placa.

Os homens estava terminando de parafusar com suas ferramentas elétricas. Diego cruzou os braços na frente do corpo, olhei no relógio no pulso e eram cinco horas da tarde.

- Precisava ver antes de estar cheio – caminhei em direção ao bar.

Diego me seguiu e entramos, ela falava sobre os detalhes apontando com os dedos as coisas que reorganizou desde a minha última visita. Ontem.

Investimos muito neste lugar, sempre foi uma ideia ter esse bar, um espaço livre para a elite vir e se divertir, um palco nos fundos, um piano de calda.

Duas mesas de poker no andar de cima, pequenas mesas e um bar grande com um estoque das bebidas mais caras a mostra.

Tudo em um tom azul escuro mesclando com preto em alguns detalhes.

Pedi para ele reservar uma sala exclusiva para revista, já que mesmo afastado, eles cobririam o evento de dentro, tirando fotos e entrevistando os convidados especiais. Diego me mostrou a sala bem iluminada com umas cinco mesas a disposição.

Ele pegou o iPad do balão do bar e me mostrando como controlar as luzes diretamente pelo aplicativo, era fácil, isso te tecnologia, ele tinha o dom.

Fizemos o teste com o som, não queríamos algo barulhento, o suficiente para criar um ambiente que fosse possível se perder.

Sentamo-nos no sofá de couro próximo ao palco e olhei para o piano de calda no canto.

- Ficou perfeito ali – fui um pedido, um dos poucos que fiz sobre o bar – o pessoal vai adorar esse lugar.

- Vai ter pelo menos mais uns quinze jornalistas do lado de fora, pedi para os rapazes criar uma área isolada.

Vai ser perfeito, ele deixou tudo perfeito.

Só teria que aparecer a noite, sorrir para as fotos e cumprimentar as pessoas.

Tudo o que Diego não gostava de fazer. Ele é um homem inteligente, astuto e prestativo. Mas detesta fotos, eventos grandiosos. Ele se veste bem, usa conjuntos e ternos de grife que ficam perfeitos no seu corpo magro e alto.

Não entendo como ele, sendo muito bem-sucedido ainda estava sozinho, nunca se interessou por nenhuma garota, ficava com algumas durante nossas investidas noturnas, mas nada tão sério e durável.

Já suspeitei sobre sua sexualidade, não que me importe com isso, eu mesmo apresentaria outros homens incríveis para ele. Difícil lê-lo.

Prometi não me atrasar para mais tarde quando disse que precisava ir, ele me ameaçou com a caneta e disse que iria me buscar em casa a qualquer sinal de que eu fosse me atrasar.

Sai do elevador privativo tirando o terno e jogando dentro do armário logo no hall, andava em direção a piscina, assim que pisei no apartamento vi Iara deitada na espreguiçadeira com o biquini vermelho que desfilou na semana passada.

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