meu novo mundo

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Meu novo mundo

" [...] cuidado com o destino, ele brinca com as pessoas. Tipo uma foto com um sorriso inocente, mas a vida tinha um plano e separou a gente."

Já fazia um tempo que nos estávamos procurando a Suika, mas ela não aparecia de jeito nenhum, eu pensei no tsukasa, mas ele não deve nem saber que temos uma criança esperta como ela e nem que senku é tão apegado a ela.
Eu vi a expressão calma e seria de senku se contorcer em uma expressão preocupada genuína.
- não pode ser, a suika não voltou para a vila?
Senku pergunta para kohaku que estava claramente delirando.
- não, o ginro já teria vindo avisar.
Senku torceu o nariz.
- vamos pensar com calma, a suika não foi colher frutinhas e flores? Se ela se perdeu, vamos procurar um campo com árvores frutíferas e com grama florida, não adianta procura-la no meio da floresta, começamos a andar em círculos!
- ok mentalista, onde tem esse tal campo?
- tem um aqui perto. Eu sei onde é, mas sempre falamos para não ir lá, tá cheio de gente petrificada e também é um terreno perigoso. Algumas pessoas dizem que os fundadores vieram daí.
A parte dos fundadores é uma lenda urbana, disso eu sei, pelo que Senku falou, não tem como eles terem vindo parar aqui. Eu acho. Mas dá parte de ser um lugar perigoso eu acredito.
- Vamos ver lá então, ela é muito pequena, as vezes ela não compreende o que os adultos falam para não fazer.
Ele está tão desesperado que não pensa direito.
- Senku. A suika é inteligente, ela nunca iria num lugar onde todos falam que é perigoso.
Kohaku falou o que veio em minha mente.
- Eu vou mesmo assim, ela pose ter se perdido e não ter reconhecido o lugar. Avise os outros que eu vou para uma zona perigosa.
- Eu vou junto.
- Eu aviso os outros.
Kohaku vai para a vila avisar as pessoas e eu sigo Senku para m lugar.
- Não precisa vir, mentalista, eu sei me cuidar.
- Eu sei que sabe, mas você está tão desesperado que não cogitou nenhuma hipótese lógica, só vou te salvar de não fazer besteira, ok?
Senku me encara por alguns segundos e ri.
- até parece que nós conhecíamos antes da petrificação.
Eu não respondo, mas realmente parece. Não conheço o senku de antes, nem sua família, amigos, costumes, mas tenho certeza que me daria bem com ele.
Chegamos ao lugar. Muitas pessoas mesmo. Todas estavam calmas, deveria ser um shopping ou mercado, pois todas que estavam em um espaço aberto entraram em desespero.
Algumas estavam com caras confusas, mas a maioria nem prestou atenção, eu acredito.
Nos ouvimos um choro baixinho. Suika.
- Suika?
Fui até uma pedra e atrás dela estava a menina.
- GEEENN, DESCULPA, EU ME CONFUNDI COM OS CAMINHOS E NAO SOUBE VOLTAR, EU ESTAVA COM TANTO MEDO.
Ela falou entre fungadas e choros.
- SENKU
Pulou em cima dele. Sua expressão relaxou na hora que sentiu o contato com a menina.
- Suika, você precisa seguir o caminho que faz todo dia, sabe como todos estavam preocupados? E você veio para nesse lugar perigoso, se eu e o gen não tivéssemos vindo aqui, você poderia ter se machucado!
- Desculpa senku!
- deixe ela, ela tá assustada agora, vem suika, eu te levo até a vila, você não se machucou, não é?
- não...
Ela me abraçou e eu a peguei no colo
- vamos, depois você dá a lição de moral nela, ok?
- você é muito mole mentalista!
- vocês são meus pais favoritos. Eu não tenho pais de verdade, mas o gen parece muito com a minha mãe antigamente e o senku meu pai!
A suika dormiu, devia estar exausta de chorar.
- você é o pai que briga, senku.
- e você é a mãe que passa a mão na cabeça, gen.
Eu sorri. Suika acha que sou como a mãe dela, mas eu só não queria que senku a enchesse de sermão agora, caramba ela só se perdeu!
Ouvimos um barulho
- Acharam ela! Que bom! Eu trouxe o ginro e o kinro para ajudar a procurar, mas acho que não precisa!
- vamos, a suika deve estar cansada.
Senku diz mais calmo.
Começamos a andar, mas então senku tropeça em algo e cai em um buraco.
- Senku? Você ta-
Eu caio e enquanto estou caindo sinto sono, quase como a sensação de estar petrificado novamente.
Eu acordo.
Olho para o lado e... essa daqui é minha cama? Mais de três mil anos atrás eu dormia em um quarto igual a esse. O que? Como?
Olho para a janela. Tóquio?
Eu estou sonhando, isso não pode ser possível.
Tem um celular igual ao que eu costumava usar.
Que dia é hoje?
05/10/2024
Isso foi bem antes de tudo ser petrificado. Mas eu tô com a mesma idade. Que bizarro, será que eu preciso ir para a televisão?!
Eu saio do quarto e vejo a minha mãe preparando o café.
- Bom dia querido, não deu tempo de preparar sua marmita, então deixei um dinheiro para você comer depois da escola.
Eu não estudo mais.
- sério mãe? Obrigado. Mas... eu tô passando meio mal. Talvez eu volte direto para casa.
- Você sabe que não dá para ficar faltando, você já trabalha meio período... olha você que sabe. Mas você vai para a escola.
- mãe, consegue me levar, então? Eu não me sinto bem mesmo.
- aí, gen, então vai logo! Se veste, eu saio daqui a pouco.
Eu vou para o meu quarto... QUE DIABOS, O QUE TA ACONTECENDO?????
Tá, eu tenho um trabalho de meio período, logo não sou o mentalista gen asagiri aqui, sou só um estudante, provavelmente do último ano, que trabalha para ter o próprio dinheiro, agora, onde é esse trabalho? E o que aconteceu comno senku?
Eu visto um uniforme que estava jogado e pego uma mochila levemente surrada. Tá bem parecido mesmo com o que era antes... é se eh estiver sonhando por que fiquei desacordado quando cai, vou aproveitar cada segundo desse luxo!
- pronto mãe.
- beleza, come no carro, né? Vambora que você tá atrasado!
Saudades da minha mãe.
Pego a torrada e um suco e saio correndo para o carro.
Eu estudei nessa escola, quando eu era mais novo, na verdade. Eu me lembro. Talvez seja um sonho bem realista.
- tchau, querido!
- tchau mãe!
Eu entro na escola, ok onde é a minha sala?
Eu olho ao redor e vejo... TSUKASA? HYOGA? HOMURA? O QUE TA ACONTECENDO?
- Ei Gen!
- oi?
- Vem, vamo pra sala junto.
Eu SEI que eu não estudei com nenhum deles, inclusive, eu acho que sou mais velho que eles.
- tá
- GENTEEE
- ah, oi ukyo! Quase que você e o Gen chegam juntos.
A homura fala e eu ainda tô em choque, tá, eu faço parte do hrupinho deles, isso faz sentido, afinal antes do reino da ciência, eu fazia parte do império tsukasa.
- Eu tô indo, eu preciso ver as meninas da ginástica, tchau!
Homura da um pequeno selinho no hyoga. Ok, eles namoram nessa realidade aqui.
- Tchau!
- Ah, o homura, você viu a nikki? A gente precisa fazer o trabalho lá.
- ela tá na sala.
Tsukasa apenas asente e segue para a sala de aula. É tudo tão igual e tão diferente que a minha cabeça dói.
Tenho as aulas normalmente e passo o recreio dentro da sala, com a mesma desculpa de que eu estou passando mal.
Eu pego o meu celular e pesquiso o nome de senku nos contatos, mas não tem nada, eu não conheço ele nessa realidade. E eu tenho medo de perguntar para alguém e pegarem mal, afinal misturaram o antes e o depois, talvez eles tenham a maior richa e eu tô aqui igual tonto tentando saber se o senku tá aqui também.
O recreio passa e o dia também, eu preciso saber onde fica o meu trabalho e com o que eu trabalho.
- Ei ukyo...
- oi gen! Tudo bem? Você ta menos falante hoje  não veio com nenhum truque de mágica...
- eu tô meio mal, sabe?
- entendo, mas o que ia falar?
- pode parecer estranho, mas você sabe onde fica o meu trabalho, tô meio perdido hoje
Eu rio  fraco para parecer desnorteado
- nossa, não lembra bem onde fica a cafeteria? Tá mal mesmo, não acha melhor ir para casa?
- está tudo bem, só preciso ir memo.
- tá  eu te mando o endereço, fica bem...
Eu recebo e vou em direção a saída
- Muito obrigado!
Sorrio e ele retribuir, na verdade o ukyo sempre foi o meu favorito do império tsukasa.
Eu ando até o endereço, é um café pequeno.
- tá meio atrasado em gen.
VELHO KASEKI? UAI
- perdão!
- veste logo isso!
Eu pego o avental, ele não era artesão, gente?
- tem pouca gente hoje, sorte a sua!
- desculpa, tô meio mal hoje. K que eu preciso fazer?
- Olha, agora nada, mas quando chegar um cliente você só atende, ok? Eu preparo o café, como você tá meio mal eu faço o difícil, mas só hoje, não se acostuma não.
Eu até gosto do velho, ele sempre foi legal, menos o trabalho, aquilo era escravidão.
Eu ouço a campainha chegar e... Senku.
Ele está com a mesma aparência, mas com um uniforme. Ele está com Chrome e hokaku, eles são muito diferentes com roupa de gente normal, socorro.
A kohaku e o chrome parecem ser mais novos que senku nessa realidade.
Vou até a mesa deles.
- oi, boa tarde o que vão querer?
Ele lembra de mim? Ele caiu no buraco também.
- oi! Eu quero um bolo de chocolate.
- Eu quero um de limão, por favor.
Senku... lembra.
- eu quero um energético de maracujá por favor.
- Ah... sim, aqui sua comanda, eu já trago.
Ele não lembra?
Eu vou até o velho e levo o pedido
- Aqui, se precisar meu nome é Gen. Licença.
Eu me viro, eu não preciso ver o único cara que eu queria que soubesse o que aconteceu, sem lembrar de nada.
- Ei.
Eu viro.
- sim?
- eu te conheço?
Sim!
- acho que não senhor. Já veio aqui?
- primeira vez. Sou senku.
- prazer.
- talvez seja um prazer.
Ele está com cadernos espalhados pela mesa, talvez ensinando os mais novos.
Ele paga a conta e sai. Não acredito que a gente se separou e que foi bem assim. Ele não lembra de nada. E eu não sei se eu consigo sair daqui, eu preciso saber o que está acontecendo.
Eu termino meu expediente.
- olha, eu já vou indo, ok?
- ok, eu fecho aqui, vai com cuidado, menino.
- tchau!
Eu saio.
Fico pensando, hoje mais cedo eu estava com senku falando o quanto parecia que jos conhecíamos a muito tempo, hoje mais tarde eu o encontrei e parecia que eu estava cara a cara com um estranho.
Eu não sabia nada sobre le. Como era sua família, amigos, sua vida em geral. Nunca soube, mas agora eu não sei mais o que pensar.
Nos separamos novamente e dessa vez não vai ter uam catástrofe mundial pra aproximar a gente de novo. Porque isso é totalmente diferente do mundo moderno em que eu vivia.
Eu tô sozinho.
Voltando para casa totalmente aéreo eu sinto alguém puxando meu casaco.
- Gen... é você?
Olho para baixo.
- Suika!
- onde estamos? Por que aqui é assim? Como tem tanta gente?
Ela não viveu isso. E isso é bem pior do que parece, porque além de ela não saber o que aconteceu não temos o gênio da ciência para falar o que tá acontecendo  nem como as coisas funcionam para a suika, nada, não temos nada.
- Suika, com quem você está?
- eu acordei na rua depois de dormir em você.
Eu cai com ela  é minha culpa ela estar aqui.
- ok, vamos para a minha casa, eu acho que não tem ninguém essa hora.
Sinto meu celular vibrar


                            Mãe

•filhote, eu n vou voltar pra casa hj, viajem de trabalho de última hr, acredita? Aql vagabunda n me deixa em paz!!!!

• se cuida, viu? Me liga se precisar de algo!

• deve ter comida na geladeira.

• me avisa qdo sair e chegar em casa.

• bjos te amo pra sempre❤️

• volto em 4 ou 5 dias, depende da chefe. que terror.

• te amo, meu bem.

• antes de dormir me boa noite pra eu saber se vc vivo.

                             • blz mãe! Te amo

                         • me avisa qualquer coisa, ?







- Gen? O que é isso?
- um celular, suika.
- igual o do senku?
- quase  mas um pouco mais complicado, vamos para a minha casa, ok?
- ok.
Nos andamos em silêncio, suika ainda está se acostumando com o mundo moderno ou o que deveria ser ele.
- onde está o senku, Gen?
Como eu explicaria isso? Não sei. Mas acho que por enquanto ela não precisa saber que o senku não sabe quem sou eu ou ela. Ou sabe. Eu sei que ele sabe de algo, só não sei o que exatamente.
- eu ainda não achei ele!
- puxa... acho que ele saberia o que fazer.
- certeza que ele já deve estar procurando nos.
- sim!
- suika, aqui é um mundo diferente do que você está acostumada, é mais perigoso, então eu vou precisar que enquanto eu não estiver em casa, você fique por lá, ok?
- ok gen!
Fomos para casa, suika tomou seu primeiro banho, não consegui ensina-la direito, mas acho que deu para ela se lavar. Ela dormiu rápido em uma cama macia.
Talvez amanhã eu encontre o senku de novo e talvez ele saiba o que tem que fazer.
Mas eu não acho justo ele não se lembrar de nada. Quero dizer, ele vai olhar para a suika e não vai nem ligar para ela, sendo que ainda hoje ele teve um colapso porque não a achamos.
Se ele não se lembrar vai ser um problema.

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