11. o romantismo morreu.

1.2K 117 15
                                    

      Amélia desceu as escadas da mansão Harriman com passos silenciosos, a luz suave da noite filtrando-se através das janelas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


      Amélia desceu as escadas da mansão Harriman com passos silenciosos, a luz suave da noite filtrando-se através das janelas. O ambiente estava tranquilo, mas à medida que se aproximava do escritório, ela pôde ouvir as vozes de seus pais ecoando atrás da porta entreaberta. A curiosidade a levou a parar, posicionando-se discretamente para escutar.

—— Quando você acha que o Andrew vai se casar? —— A voz de Teresa, sua mãe, soou baixa, mas carregava um tom de expectativa.

—— Ele precisa focar na empresa por enquanto, —– Marvim respondeu, seu tom firme e autoritário. —– Primeiro os investimentos, depois a família —— Havia uma inflexão de preocupação em sua voz, como se ele estivesse pesando as responsabilidades de seu filho mais velho sobre seus ombros.

Amélia franziu a testa ao ouvir essas palavras. Sabia que seu pai tinha grandes planos para Andrew, como o próximo chefe da empresa imobiliária da família, mas a ideia de que o casamento era apenas uma consequência de suas responsabilidades a deixava inquieta.

—— E você, Teresa? —– Marvim continuou. —— Já pode começar a pensar em um marido para a Amélia.

O coração de Amélia disparou ao ouvir seu nome.

Ela encostou-se à porta, tentando entender o que isso significava. As palavras do pai ecoavam em sua mente, uma mistura de desagrado e resistência. A ideia de que sua mãe estaria planejando seu futuro a deixava desconfortável.

—— Sim, eu sei, —— Teresa respondeu, sua voz cheia de animação. —— Estava pensando muito no filho dos Thompson. Ele parece um garoto bom.

Amélia mordeu o lábio, a frustração crescendo dentro dela. Os pensamentos correram em sua mente: ela não queria ser apenas um troféu para um casamento arranjado, nem ser vista como uma peça no tabuleiro de xadrez dos planos de seus pais.

—– Ele é bem apresentado, e a família é respeitável, —– Marvim concordou, e Amélia pôde sentir a aprovação do pai na sua voz, como se estivesse determinando o que era melhor para a filha sem considerar suas próprias vontades.

A jovem respirou fundo, uma mistura de indignação e determinação se formando dentro dela. Com um movimento rápido, ela se afastou da porta e subiu as escadas novamente, decidida a não deixar que seus pais decidissem seu futuro.

(...)

Na manhã ensolarada, Amélia se sentou à mesa de café da manhã ao lado da piscina, o aroma do café fresco e o cheiro do pão quente invadindo o ar. O som da água da piscina criando pequenas ondas ao ser agitada pelo vento trazia um toque de tranquilidade à cena. Porém, a atmosfera estava prestes a mudar quando começou a ouvir a conversa de seus pais.

—— Chamamos a família Thompson para o jantar ——Teresa anunciou, enquanto mexia no café, seus olhos focados na caneca à sua frente.

Andrew, que estava sentado do outro lado da mesa, ergueu uma sobrancelha. —— Por quê? Já fechamos o contrato com eles, não? —— O tom de Andrew era casual, mas havia um leve traço de desinteresse.

﹙✓﹚ american wedding, nicholas chavez. Onde histórias criam vida. Descubra agora