Ao despertar, Ellen abriu os olhos, olhou para o lado e viu que a filha dormia confortavelmente e estava agarrada no lençol. Por outro lado, ela notou que Patrick não estava, imaginou que ele tivesse ido embora. Ela pegou seu celular para conferir a hora, eram 03:00 da manhã. Ela sabia que não iria conseguir mais dormir, por isso, decidiu levantar para esquentar um leite, pra ver se assim conseguia dormir.Antes que ela pudesse chegar na cozinha, se assustou ao ver uma sombra na varanda, ainda no andar de cima.
- Jesus, Patrick! Que susto você me deu – a mão ainda em seu peito.
- Desculpe, não foi minha intenção – ele disse, mas não se virou para olhá-la.
- Claro que não.
Ela se aproximou um pouco mais.
Ele continuou em silêncio por uns instantes, mas logo soltou:
- Eu ia embora, mas não consegui. Ela poderia acordar e perceber que eu não estava mais aqui.
Ela notou que havia algo estranho em sua voz, e ela o conhecia o suficiente para saber o que estava acontecendo naquele momento.
- Você está chorando?
- É que eu fiquei tão assustado, não gosto de ver ela sentindo dor – sua voz estava embargada.
Ellen enfim se aproximou mais e o puxou pelo ombro, fazendo-o virar para ela.
- Ei, calma. Tá tudo bem agora. Crianças são assim mesmo – falou, gentilmente.
- Sim, você tem razão.
É claro que ela também fica apavorada nessas situações, mas tem que controlar seus sentimentos. Precisa ser forte pela filha. Bom... e por ele também.
Sem falar nada, ela lhe ofereceu um abraço. Ele aceitou de imediato, estava mesmo precisando de um abraço, e mais ainda, precisava de um abraço dela.
Momentos assim eram bem comuns quando eles namoravam e até quando ainda estavam casados também. Eles sempre foram bem parceiros um do outro.
Não estavam conseguindo sair do abraço, eles tentavam, mas algo os prendiam ali, por tanto, o abraço durou.
- Eu estava indo até a cozinha - ela enfim desprendeu-se do abraço, mas não se afastou completamente, continuou segurando os ombros dele. - Esquentar um leite para tentar dormir. Se quiser, posso lhe preparar um chá.
- Eu aceito.
Ela se afastou e fez um gesto com a cabeça o convidando para acompanhá-la. E assim ele fez, então eles desceram em direção a cozinha.
Ao chegar lá, Ellen pegou o sachê do chá de camomila e retirou o leite da geladeira para esquentá-lo. Depois colocou água e o leite para ferver. Patrick ficou sentado na bancada, observando tudo.
- Fala - ela sentia seu olhar sobre ela.
- Nada, é só que... - ele limpou a garganta - quando você falou em chá, imaginei outro tipo.
Ela o olhou incrédula, respirou fundo e revirou os olhos, estava vermelha. Ele deu um longo sorriso malicioso, tinha atingido seu objetivo, deixá-la corada.
- Se você continuar com suas gracinhas, nem este chá aqui que eu estou fazendo, sairá.
- Acalme-se, senhorita arquiteta. Não precisa ficar tão nervosa.
- Eu não estou nervosa.
A sequência cardíaca dela havia aumentado, ela não sabia mesmo o porquê. Já era acostumada com as brincadeiras de duplo sentido dele, mas naquele momento, ela sentia-se como uma adolescente. Ele a deixava maluca, em todos os sentidos.
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𝑻𝒉𝒆 𝑾𝒊𝒏𝒏𝒆𝒓 𝒕𝒂𝒌𝒆𝒔 𝒊𝒕 𝒂𝒍𝒍
Romance𝐄𝐥𝐥𝐞𝐧 𝐏𝐨𝐦𝐩𝐞𝐨 𝐞 𝐏𝐚𝐭𝐫𝐢𝐜𝐤 𝐃𝐞𝐦𝐩𝐬𝐞𝐲 𝐝𝐞𝐜𝐢𝐝𝐢𝐫𝐚𝐦 𝐬𝐞 𝐝𝐢𝐯𝐨𝐫𝐜𝐢𝐚𝐫 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐛𝐫𝐢𝐠𝐚. 𝐌𝐚𝐬 𝐬𝐞𝐫𝐚́ 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐚𝐜𝐚𝐛𝐨𝐮? 𝐐𝐮𝐞 𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐚̃𝐨 𝐫𝐞𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐢𝐬𝐩𝐨𝐬𝐭...