⛓️ Iria mata-lo assim que tivesse oportunidade.

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Aviso de gatilho cenas que podem causar gatilhos e desconfortos, cenas descritivas de multiplicação.

Continue por sua conta e risco.


「 🔥 」

Park Jimin

Fui deixado por ele na biblioteca, onde me tornei escravo dos meus próprios pensamentos destrutivos. Debrucei o meu corpo sobre a tampa de ressonância do piano, o único instrumento que sabia tocar.

Não me movi um centímetro do lugar desde então. Não conseguia. Tentava não imaginar o que me aguardava, também porque um único relance de expectativa fazia o meu estômago revirar.

No momento que Seo entrou à minha procura, enxerguei em seu rosto a guerra que ela enfrentou ao perceber a minha aflição. No fundo, sentia que ela me abraçaria se pudesse. Me confortaria como um filho, se pudesse.

Mas ela não podia;

E eu entendia.

Em silêncio, subimos as escadas do meu antigo cárcere em direção à carnificina. Interrompi os passos e me virei para ela ao chegarmos em frente à porta que me levaria de volta ao inferno.

— Entre, Jimin. — Manteve sua expressão séria.

— Te peço… — fechei os olhos e as mãos em punho por um momento, controlando a minha raiva, — pelo menos uma peça de roupa.

— Não estou autorizada a lhe prestar nenhum tipo de auxílio. Me desculpe. — Ainda foi gentil em se desculpar por seguir as ordens do seu alfa.

Eu precisaria enfrentar aquele horror vestido com apenas uma box.

— Entendo… — respondi e inspirei ar para os pulmões, na tentativa de me acalmar.

Nada cessava os batuques desordenados dentro do meu peito.

— Tudo o que precisa está do outro lado da porta, Jimin. Grite-me quando terminar.

Assenti para Seo, que, antes de partir, me direcionou um olhar empático.

Jungkook Vanoia era o próprio demônio disfarçado de alfa. Duvidava que naquele órgão dele, chamado coração, pudesse existir qualquer indício de humanidade.

Fechei os olhos ao girar a maçaneta e adentrei o quarto, sem coragem para abri-los.

O odor pungente de ferro e morte permeava o ar, e apenas ele já foi capaz de fazer o meu estômago revirar. O fedor nauseante se agarrava à minha garganta com a ameaça de me sufocar.

Eu nunca, jamais, me esqueceria de como era a exalação pútrida do fim.

Usando o meu último fio de coragem, tapei a boca e segurei o vômito no instante que a cena macabra se construiu não apenas em meu olfato, mas também em minha visão.

O corpo da Jennie, estripado,
separava-se da cabeça, parcialmente degolada pelas garras de Jungkook. A aparência do seu rosto, caído de lado, com os olhos perfurados virados em direção a mim, fez o pavor pinçar por toda a minha espinha.

Não, não...

O sangue já coagulado pintava o piso dentro e fora da gaiola de escarlate. Os seus retalhos de pele estavam entremeados a fragmentos ósseos e órgãos saltando para fora.

Não deveria sentir pena de quem me
maltratava, mas fui tomado por um sentimento de desolação tão profundo, que me vi incapaz de respirar.

Meus pensamentos me alertavam que aquele poderia ser o meu fim também, ou o do meu irmão, e por isso segurar as lágrimas se tornou uma missão impossível.

The Lord of Lust | Jikook •ABO 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora