⛓️ A única coisa que me importava era tirá-lo daquele sofrimento à salvo.

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「 ⛓️ 」

Jeon Jungkook 

Entrei no quarto às pressas, e o que vi me tirou o controle humano.

Inferno!

Jimin, estirado no chão. Seu corpo convulsionava em espasmos rápidos e irregulares.

Como se lutasse com um inimigo invisível, seu rosto se contorcia em uma expressão de agonia crua. A pele pálida e suada do seu rosto refletia contra a luz das cortinas abertas.

Seo gritava, em desespero, que apenas havia lhe dado o que comer e, ao voltar para recolher o prato, encontrou-o naquela situação.

Eu rugi para que me trouxesse o meu kit de primeiros socorros e invadi a gaiola, ajoelhando ao lado do corpo pequeno.

A palidez, o vômito, a dificuldade para respirar... tudo apontava para um envenenamento.

Quem faria isso?

Jimin olhou-me com seus olhos azuis ficando sem brilho, enquanto lutava pela vida, e uma raiva surda cresceu dentro de mim, à medida que minha fera arranhava minhas entranhas e tentava tomar o controle.

Ergui-o em meus braços, sentindo o peso da sua vida em minhas mãos.

Todas as minhas questões contra ele deixaram de significar, naquele momento. A única coisa que me importava era tirá-lo daquele sofrimento à salvo.

Fiz uma montanha de travesseiros e coloquei-o sentado em um ângulo de noventa graus, recebendo de Seo a minha maleta de primeiros socorros. Induzi-lo ao vômito faria a suposta substância tóxica se espalhar ainda mais no sistema digestivo.

— Jung-kook... dói… — balbuciou, tremendo e mal conseguindo permanecer de olhos abertos.

— Fique calmo. Irei te medicar e, quando acordar, terá se livrado dessa dor.

Arranquei das divisórias da maleta uma das minhas soluções injetáveis raras, por ser de produção longa e complexa, chamada Antitoxina MTMF, projetada para neutralizar as mais variadas substâncias conhecidas por afetar negativamente os metamorfos.

Além de provocar a desintoxicação natural do corpo dele, ajudaria a reparar danos que pudessem ter sido causados.

Administrei o injetável em sua corrente sanguínea e acompanhei os seus batimentos cardíacos, segurando seu punho fino. Os impulsos de vômito cessaram, mas o seu corpo continuava sofrendo com os espasmos. Por fora, mantive minha expressão calma e controlada, mas por dentro, uma onda de inquietação e medo me tomava.

— O que está sentindo?

— Uma coisa... queimando... dentro… — Sua voz soou fraca e sôfrega.

— Está com dificuldade para respirar?

— Não... mais... ao responder-me, começou a tossir compulsivamente.

Soltei seu punho e me inclinei sobre ele no colchão, erguendo o seu queixo com uma das mãos e soprando ar da minha boca em seu rosto.

— Você comeu e sentiu o quê, Jimin? Depois de quanto tempo? — questionei, tentando não demonstrar o que sentia, mas a fúria borbulhava em minha corrente sanguínea.

— Bebi o chá e... senti uma coisa estranha, no, no...

— Tudo bem, não precisa falar agora. — Olhei para o lado, para falar com Seo em pé ao lado da cama, apreensiva e abraçando o próprio corpo.

— Me dê uma toalha úmida e outra seca!

— Sim, senhor — respondeu, já correndo em direção ao meu banheiro.

The Lord of Lust | Jikook •ABO 🔞Onde histórias criam vida. Descubra agora