18. Perigo

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Lee Minho



— Já expliquei todas as regras para o "cara da serpente". Precisa que eu as repita para você, "Dragon"? — O apelido saiu dos lábios de Max, impregnado de sarcasmo. Sua provocação só aumentou minha vontade de aceitar o nome, que parecia incomodá-lo.

— Não. — Respondi de forma direta, estendendo a mão em direção ao adversário, que a apertou prontamente. — Como eu disse mais cedo, não precisa. — Murmurei, e ele assentiu, compreendendo o que eu queria dizer. — Boa luta.

— Boa luta, Dragon. — Ele ergueu as sobrancelhas, um sorriso travesso no rosto.

Os gritos dos apostadores eram ensurdecedores, mas, entre eles, destacava-se a voz do namorado do meu adversário, animado com a luta e soltando os apelidos mais embaraçosos. Ao invés de constranger, isso parecia diverti-lo, dando-lhe mais confiança.

Por um breve momento, uma onda de pensamentos invadiu minha mente, apenas reforçando que eu jamais teria aquele tipo de relação, e talvez eles acabassem sofrendo no final.

Uma pontada de inveja e desejo, que eu tentava enterrar, surgiu, me fazendo sentir uma mistura de emoções que eu não queria sentir.

— Aquele Lee Minho morreu no acidente. Você não precisa disso. Não é real. — Repeti para mim mesmo em um sussurro enquanto me aquecia e alongava, tentando me preparar.

Os gritos de incentivo se voltavam em sua maioria para meu adversário, e eu percebi que ele era mais popular do que eu imaginava. Não por sua experiência ou vantagem, mas por um genuíno carinho da plateia, como se a maioria conhecesse e apreciasse sua presença.

A animação do namorado, puxando o coro, só aumentava a atmosfera, arrancando risadas dos apostadores.

Quando Max indicou o início da luta e o cara da serpente se aproximou, os apostadores se acalmaram, focando nos movimentos. Foi nesse momento que ouvi o grito estridente de Jisung.

— Vai, fru fru!

Trinquei o maxilar e virei a cabeça, lançando-lhe um olhar de advertência, e foi então que recebi o primeiro golpe, bem no meio do meu estômago.

— Ai, porra! — Grunhi de dor, mordendo o lábio inferior na tentativa de me controlar e não me curvar.

Levantei a perna, tentando chutar sua perna direita em um contra-ataque, mas meu chute só o fez grunhir e recuar um pouco.

A luta se arrastou por vários minutos, transformando-se na mais longa que eu já havia enfrentado desde que comecei a lutar, sendo necessária uma pausa para um segundo round.

Caminhei até Changbin, estendendo a mão para pegar a garrafinha de água, mas ela foi rapidamente tomada por Jisung, que a abriu e a colocou afobadamente em direção aos meus lábios.

— Está doendo muito? — Ele percorreu os olhos pelo meu corpo, claramente preocupado.

— Você está falando do soco que levei no estômago? Aquele que você me fez tomar por estar gritando "frufru"? — Resmunguei, o que fez Jisung dar de ombros, como se não fosse nada.

— Você torceu por mim na competição de bolinhos. Achei que seria legal da minha parte, já que você estava sem torcida. — Ele empinou o nariz de forma desafiadora. — Foi de bom coração, não foi para te envergonhar.

— Ele só tentou torcer por você, relaxa! — Changbin deu dois tapinhas em meu ombro, como se quisesse amenizar a situação.

— Poderia ter gritado "Dragon", como fez questão de me chamar desde que chegou, mas decidiu gritar "frufru"... Parece que fez de propósito. — Arqueei uma sobrancelha para Jisung, que não conseguiu conter uma gargalhada.

Before We Love | MinSung | EnemiesToLoversOnde histórias criam vida. Descubra agora