Capitulo 3| O pacto obscuro

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Damon Orpheus

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Damon Orpheus

Muitos meses atrás...

Nas entranhas da minha existência, uma sombra persistente ganhava forma: meu profundo desgosto pelo homem que chamava de pai e pelo império sombrio que ele construíra. Cada passo naquele mundo de traições e lealdades distorcidas só aumentava meu ódio.


Meu pai, o próprio arquiteto da família Orpheus, era um mestre na arte da manipulação e crueldade. Cada decisão que ele tomava em nome da máfia ressoava como uma ferida aberta em minha alma. Era difícil reconciliar o sangue que compartilhávamos com o abismo moral que nos separava.

A máfia, uma teia intricada de mentiras e violência, tornou-se uma corrente que aprisionava minha essência. O ódio crescia à medida que testemunhava as vidas destruídas pelo poder desenfreado da família Orpheus.

A lealdade cega ao sobrenome era uma corrente pesada que arrastava minha própria humanidade para a escuridão.

No íntimo da minha alma, ansiava pela liberdade das amarras que meu pai e a máfia tinham lançado sobre mim. Cada plano, cada estratégia desonesta, alimentava meu repúdio.

O dilema era claro: odiar meu próprio sangue, meu pai, e a máfia que ele representava, ou ceder à espiral descendente que se desenrolava diante de mim.

Desde os tempos antigos, nosso patriarca, Zachary Orpheus, estabeleceu o alicerce da família no comércio ilegal. A principal fonte de renda é o tráfico de drogas, com conexões que se estendem por toda a Europa e América.

As plantações na Sicília fornecem a matéria-prima, e os canais discretos garantem a entrega aos mercados internacionais.

No coração dos negócios está o cassino clandestino "La Fortuna". Sob a fachada de uma casa noturna luxuosa, a verdadeira fortuna é feita nas mesas de jogos de azar.

O esquema é impecável: trapaceiros disfarçados como clientes, câmeras de vigilância desativadas nos momentos certos. O submundo se curva à casa, e a casa pertence à família Orpheus.

Além disso, operamos uma extensa rede de extorsão. Pequenos negócios locais pagam uma "proteção" para evitar incidentes desagradáveis.

Quem se recusa a contribuir enfrenta consequências severas, enquanto os cooperativos desfrutam da segurança proporcionada pela sombra da família.

A lavagem de dinheiro é uma arte que dominamos. Sob a fachada de empresas legítimas, como restaurantes e imobiliárias, transformamos ganhos ilícitos em fortunas aparentemente respeitáveis.

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