5- Quem é a Feiticeira?

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A lua brilhava no céu. Era majestosa e misteriosa como as meninas que a admiravam, as meninas aproveitavam a vista, como se fosse a última vez que veria a lua.

- Chegamos com cinco minutos de antecedência?- Esmeralda estava indignada.

- Sim, está incomodada? Queria que o Magnata se irritasse com nosso atraso?- Carmem usava um tom de deboche.

- Nunca vi alguém se apressar para ir ao corredor da morte, no nosso caso, beco.- Esmeralda ainda olhava em direção a lua quando se lembrou de seu amado e resolveu confessar- não acredito que faz 2 dias que não falo com ele.

- Ele está te usando, deixa de ser besta.

- Olha quem fala não é mesmo?- Esmeralda, desviou se olhar da lua e o votou a Carmem, havia desdém e incredulidade naquele olhar olhava.

- Chega desse assunto, que saco. Onde esta este homem que não chega?- Carmem agora tentava desviar do assunto.

Silêncio recaiu entre as duas.

Após alguns minutos, são ouvidos passos, não da rua, mas dos telhados, passando por cima delas, elas olharam para cima, e poderiam jurar que viram uma silhueta feminina correndo. Mas foi tão rápido que não consideraram aquilo um vulto.

- Cuidado com o Alessandro- Carmem quebrou o silêncio - ele é policial.

- Idai que ele é policial? Eu sou bandida, o preconceito deveria vir dele- Esmeralda, se apaixonará pelo seu amado na prisão, ela a princípio tentou seduzi-lo para fugir, mas depois da fuga foi atrás dele e confessou o que estava sentindo. Ele não a entregou, desde então eles se encontram regularmente

- Por isso mesmo. Ele pode estar te usando para conseguir provas contra nós. - Carmem olhava de esguelha para a única entrada do beco.

- Você é a última que pode falar isso. Sua namorada te entregou, entregou todo mundo.

- Eu sou a ultima para poder falar isso é? Me esclareça uma coisa, eu sou a última por causa da minha vida amorosa complicada ou porque você chutou janela a dentro a primeira que poderia falar algo?

- Esqueça isso, você sabe que ela vai se virar.

- Você apostou na morte dela, Esmeralda.

- Eu estava me sentindo culpada e tentando evitar isso, querendo justificar, mas agora, na beira da morte, não é mais preciso. Que venha toda e qualquer dor, nada me entorpece mais do que não poder ve-lo no dia de minha morte.

- Ecaa, depois a gada sou eu- Havia um sorriso iluminando o rosto de Carmem

- Ele nunca me traiu.

O sorriso de Carmem sumiu.- Você é terrível, não sem quem é pior, você ou a Eleanor.

- A pior deve ser a viva, eu imagino- disse uma voz autoritária e sarcástica.

Esmeralda e Carmem quase infartaram diante da voz sensual que caçoava delas.

- Qual o motivo da surpresa? Chegamos atrasados demais?

Chegamos? Como assim chegamos? Carmem e Esmeralda forçam a vista para além do homem que caminhava em direção delas mas não viam nada. Só sentiram mãos as segurando pelas costas.

Elas relutaram um pouco, mas rapidamente perceberam que era em vão, duas pessoas seguravam elas pelas gostas, e outras duas se colocaram na frente delas, como se estivessem esperando pelo comando.

- Vocês tem uma dívida comigo meninas.- O Magnata se aproximou do grupo. Eram raras as vezes que se encontravam frente a frente, e todas elas eram desagradáveis.- Vocês podem me dar o dinheiro?

Matar Ou Morrer, Tudo Por Um Sonho.Onde histórias criam vida. Descubra agora