6- A taverna

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Eleanor não sabia muito bem o que aconteceria quando batesse na porta, ela nunca sabia. Ela tinha medo que em um dia qualquer eles não a deixassem entrar alegando que a garota era uma ladra. Ela era, mas nunca roubaria eles.

A porta se abriu, uma mulher bonita de meia idade sorriu para a ladra, sinal que eles ainda não sabem quem Eleanor realmente é. Eleanor sorriu de volta com o alívio que ela nunca disfarçava.

-Oi, Eleanor, veio ver a Luana?- a Mãe de Luana e Esmeralda parecia preocupada.

- Oi, senhora, isso mesmo. Ela está em casa?- A ladra era uma graça, ela até sorria quando perto dos pais de qualquer um que ela conhecia. Era até engraçado ver Eleanor tão carismática.

- Está sim, pode subir- A mulher abriu a porta dando espaço para Eleanor passar- você tem notícias da Esmeralda?

- Eu vi ela a alguns dias, ela estava bem, ainda estava com aquele policial.- em omitir informações ela era boa.

A mãe de Esmeralda apenas sorriu agradecendo a resposta, Eleanor ficou com dó ao ver o brilho de preocupação ficar maior.

Eleanor subiu as escadas, virou a esquerda e bateu na segunda porta a direta. Ninguém respondeu. Eleanor bateu de novo sem nenhuma intenção de se identificar.

- Entra- Luana gritou de dentro do quarto.

Eleanor entrou e fechou a porta.

- Por que você não fala nada? Apenas bate na porta e espera que eu simplesmente deixe que entre? Você deixaria alguém entrar no seu quarto sem se identificar? Por que você é assim?

- Você deixou eu entrar sem me identificar. E fiquei com preguiça de dizer quem era. Além do mais, seria quem? A Esmeralda?

- Você não tem papas na língua né?- Luana ficava desconfortável com a menção de sua irmã desde que a vira da última vez.

- Você foi na minha casa querendo o que?

- Trabalho.

- O mundo não gira mesmo, ele capota não é? "Vocês são muito irresponsáveis, como vocês fazem esse tipo de coisa? Eu só não denuncio vocês porque tenho muita consideração e sei que vocês vão perceber que é má ideia" - Eleanor resmungava em tom de deboche ao repetir as palavras de Luana.

- Bom, eu não estou errada, continua sendo errado, mas não posso morar na casa dos meus pais para sempre. Eles querem que me case com o cara da igreja. Tipo, eu gosto de Mulher!!!

- Parece que eu só ando com sapatão. Bom eu estou planejando meu último roubo. Vai ser grande e sigiloso, ninguém vai ficar sabendo, nem a vítima.- Eleanor sorria como uma criança.

-Por que você sempre vai direto ao ponto? Nunca conversa comigo. - Luana sempre fora a mais carinhosa do grupo, as vezes até parecia que todas podiam ser amigas de verdade.

- Você me chamou para trabalhar. Vamos trabalhar, primeiro eu vou testar uma coisa. Se der certo eu te chamo, e me faz um favor, se sua irmã perguntar de mim fala que nunca mais me viu desde a última vez e que foi até a casa de minha tia e ela também não me viu.

- Como se a querida Esme fosse me procurar para qualquer coisa.- Luana levantou de um jeito cômico e gritou: ela quer ficar com aquele mala? Que ela fique, eu vou embora e quando ele trair ela eu já estarei longe daqui.

- Arrasou.- Eleanor tentou manter a seriedade no rosto, mas quando Luana a encarou as duas riram.

- Ela trocou a própria família pelo corrupto lá, e ainda quer falar que a Alicia é a pior.- Luana se apoiou na parede de frente para Eleanor.

Matar Ou Morrer, Tudo Por Um Sonho.Onde histórias criam vida. Descubra agora