A madrugada fora agitada para as parceiras de crime, Carmem e Esmeralda, elas acordaram quase que ao mesmo tempo e tiveram que brigar pela vez no banheiro e o tempo de uso, não uma, mas várias vezes ao decorrer do alvorecer. A canela pareceu ser um verdadeiro incômodo no estômago das duas. Eleanor acertou em cheio.
Alessandro mostrou muita preocupação com sua amante, até implorou para leva-la ao hospital. Já Fran, apesar de ter demonstrado algum tipo de empatia ao perguntar o que ela poderia fazer para ajudar, não conseguia esconder aquele sorrisinho de canto.
- VÃO EMBORA!!! - Era a quinta a vez que isso era dito pelas enfermas. Elas estavam com vergonha do situação medíocre que se encontravam.
Após longas horas até o sol raiar, as duas se puseram a dormir Fran e Alessandro se asseguraram que as duas estavam adormecidas antes de irem para a sala conversar. Fizeram panquecas e pão de queijo e para bebida suco de maçã e depois de se servirem, sentaram se lado a lado nas cadeiras do balcão da cozinha.
- Isso está ficando mais complicado do que deveria ser. - Alessandro sussurou.
- Isso está ficando chato, isso sim, perderam uma. Isso significa menos dinheiro. Com Eleanor fora da jogada talvez elas encontrem dificuldade para roubar alguém rico e fugir daqui. - Fran respondeu no mesmo tom.
- Isso é o de menos, estou prestes a descobrir o maior caso criminal de GrayVille, e quando descobrimos algo percebemos que tudo isso é bem maior que nós. E para piorar, ainda temos que dividir a casa com essas bandidas.
- Dividir a casa tudo bem, mas esse cheiro está insuportável. - Fran revirou os olhos e apontou para o banheiro.
- Quando conseguirmos o dinheiro e eu ganhar minha promoção reformaremos a nossa casa. E a primeira coisa é derrubar esse banheiro.
- Nos mudaremos para outro lugar, cansei desse lugar. - Fran sempre lembraria da infância conturbada que teve naquela casa.
- Ok, podemos nos mudar, mas eu quero 2 banheiros 3 quartos. Um lugar para chamar de lar, é tudo o que eu quero - Alessandro, cresceu em um internato, então sempre sonhou em ter sua casa própria.
Fran pareceu um pouco reflexiva antes de dizer: E como vai sua relação com Esmeralda?
- Quer mesmo saber?
Fran esperou em silêncio.
- Bom, Esmeralda é bonita e sagaz, não é difícil gostar dela. E você e Carmem?
- Eu gosto dela. Eu acho que a amo, na verdade.
Alessandro a encarou sem saber o que pensar. Então ela continuou:
- Tudo o que eu fiz foi machuca-la, sempre. E se ela souber o que estou fazendo agora - Fran parou e segurou as lágrimas.
- Desde que te conheço você sempre quis sentir tudo com intensidade não é, irmã? Mas nunca soube manter. Eu e você temos algo em comum
- Nossos pais? - Fran tentou fazer uma piada.
Alessandro bebeu um gole do suco de maçã, antes de dizer: Não sabemos amar.
Fran encarou seu irmão por uns minutos enquanto este se servia de mais panquecas.
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Foi a sensação de vazio no estômago de Eleanor que a fez acordar no primeiro raio de sol. O velho nojento já a encarava, não havia raiva nem medo no olhar daquele homem, na verdade seus olhos pareciam tão vazios quanto a barriga de Eleanor. Ele estava vazio. Vazio para ser preenchido com o que quer que a ruiva quisesse. E tudo o que ela queria agora era um café da manhã.
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Matar Ou Morrer, Tudo Por Um Sonho.
FantasyTrês mercenárias estão devendo um Mercador ilegal. Uma traição as separa, e tudo fica claro entre elas, cada uma por si, assim que seria. A trama se passa em uma pequena cidade em uma era mágica e medieval. As três farão de tudo por amor, sonho e vi...