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Talibã

Estávamos no parabéns do Hariel, fomos pro com quem será e ele simplesmente surtou.

Tá parecendo o aniversário de 1 ano, onde a Victoria não aceitava que o filho estava crescendo.

Victoria: Pra quem vai teu primeiro pedaço de bolo ? - perguntou

Ele pegou o prato com um pedaço de bolo, olhou ao redor e parou o olhar no menor, Caio.

Haridade: Pro meu menor - foi até ele - vai pá tu, meu menor - bagunçou o cabelo dele

Talibã: Concordamos que o Hariel já pode ser pai - falei e a Victoria me lançou um olhar - brincadeira irmãzinha

Caio: Valeu Haridade, eu e o João Pedro vamos brincar lá fora - eles correram pra fora da casa

Haridade: Que menor esperto - falou sorrindo

Tavares: Que paz terrível nesse morro, que continue assim - virou olhando pra rua

Kaio: Graças a Deus, que continue assim mermo. Nessa paz terrível

Colocamos uma música, sentei no sofá com a Maju no meu colo

Talibã: Eae ? O tratamento da Laura tá indo bem ? - perguntei

Maju: Graças a Deus sim, ninguém merece essa doença. Ninguém mesmo - me olhou e eu concordei

Enquanto a Maju levantou pra falar com o Tavares eu levantei e fui ver a janela, observando os meninos jogando bola. Abri mais a janela pra termos uma visão melhor deles e foi nessa hora que ouvimos disparos

Maju: Isso foi o que ? - perguntou me olhando

Peixe: Talibã, talibã - chamou no rádio e todos prestaram atenção

Talibã: Qual foi peixe ? - perguntou

Peixe: Invasão porra, os canas invadiram. Acionar os meninos

Laura: Os meninos estão lá fora - correu até a porta enquanto escutávamos os tiros

WL: Laura - correu atrás dela - não vai, espera, espera - mas não adiantou de nada, corremos pra fora da casa e podemos visualizar o caos

Laura: João, João - se abaixou - meu filho ? - chamou e o Wl foi até eles, pegando o JP e levando pra dentro de casa

Anna: Ele tá bem ? O meu irmão está bem ? - perguntou

Nicolly: Calma anna - levou ela pra cozinha, eu precisava fazer alguma. Que caos

Haridade: Cadê o Caio ? - perguntou entrando em casa

Maju: JOÃO VICTOR ? - me chamou e eu olhei pra ela - por favor, toma cuidado - me abraçou

Talibã: Te amo - beijei ela

{...}

Talibã: Lembrando que é pra matamos, não morremos - falou olhando pra nós

"pai nosso que está no céu, santificado seja o nosso nome"

Talibã: O menor tá vivo, fica tranquilo Haridade! - olhei pra ele que estava nervoso

Haridade: Eu espero mermo pô - falou e saio da sala

Aline

Estávamos no hospital, com a tia Laura. Por conta do JP. Estavam tentando remover a bala

Laura: Aí Deus, será que o meu filhinho tá bem ? - passou a mão no rosto

Aline: Ele tá bem tia, fica tranquila - na verdade eu nem sabia, só queria tranquilizar

Como será que os estavam ? Tava passando em vários canais da tv.

"família do crime"

Porque falavam da minha família dessa forma ? É porque os homens são bandido ?

Eles realmente deveriam saber como nós vive, sempre cresci ouvindo a minha mãe dizendo que independente de qualquer coisa. Eu era da família sim!

3 horas se passaram e o JP já havia saído da sala de cirurgia. Que moleque FORTE!

Olhei pra televisão e me deparei com uma foto do meu pai, do meu tio Gabriel e do Hariel.

As meninas me olhavam sem entender e eu comecei a prestar atenção na tv atentamente.

No Complexo Do Alemão 2Onde histórias criam vida. Descubra agora