Talvez amantes? | Rosamaria Montibeller .

Prólogo.

"— Em suas infâncias. "
Gabriela Rodriguez.

Eu não suporto ela.

Rosamaria Botanelli Montibeller. Uma garotinha loira dos olhos verdes que é a causa dos meus estresses diários.
Aquela menina me irritava apenas de estar perto, ela me trás um sentimento estranho e confuso.. algo que eu odeio.

Aqueles olhos verdes cheios me dão ânsia, algo nela me faz com que eu me sinta forçada á me manter longe. E eu creio que ela também sinta isto.

Cheguei na escolinha de vôlei agora, aqui não era um lugar muito grande e evoluído, mas era o suficiente para minhas condições e necessidades.. eu via futuro aqui, creio que conseguem me dar um ótimo ensino. Eu diria que aqui é o lugar perfeito, se uma certa pessoinha não irritasse meu juízo diariamente.

Falando no diabo.

Após alguns passos dentro da escola, esbarro meu ombro de modo desengonçado no de alguém, fazendo-me perder o equilíbrio por alguns segundos.. porém logo me recompondo e logo abrindo a boca para me desculpar, até que quando elevei meus olhos, avistei aquela loira mais velha que parecia sempre estar estressada e rabugenta, pronta para me proferir as maiores ofensas possíveis.

— Olha por onde anda, não tem olhos não? — Comecei, antes que ela falasse algo. Se eu iria tomar xingo de graça, ela também iria.

Uma risada irônica carregada de deboche escapou imediatamente dos lábios da loira, fazendo-me revirar os olhos de imediato.

— Na próxima olhe para a frente pirralha, por mais que eu adoraria lhe ver cair no chão feito merda. — A loira falou, um tom de deboche explícito em sua fala. Arfei com raiva, como alguém poderia ser tão difícil e irritante?

— Não me chame de pirralha. — Falei com um tom autoritário e firme, oque era bem irônico, pois Rosamaria era consideravelmente bem mais velha, e mais alta também. Um tapa e eu voaria.

— Porquê pirralha? Ownt, a criancinha ficou bravinha? — A loira falou entre piadas e risos.

E assim iniciou-se mais uma briga.

       Após este último acidente, forcei-me a manter minha cabeça no lugar, pois não queria ser punida pela minha mãe por lhe dar dor de cabeça todos os dias, algo que não adiantou muito.
Mesmo com a minha mãe tendo voltado á concordar em continuar na nossa cidade, ela recebeu uma oferta de emprego infelizmente irrecusável.. forçando-nos á se mudar de cidade em semanas rápidas.