Apenas uma noite.

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Oiie amores, não esqueçam de curtir e comentar!

Visão; Rosamaria Montibeller.

Acordei pela madrugada desnorteada com o toque do meu celular, logo após entrar em meu quarto eu e Roberta dormimos. Estava atordoada com o novo sentimento, o sentimento de nostalgia tomando conta de meu corpo. Reencontrar Gabriela foi um choque de imediato para mim, imaginava nunca mais ter que rever-la depois que ela se mudou, algo que claramente eu me enganei.

Gabriela despertava o meu pior lado, ela conseguia trazer a tona sentimentos desconhecidos e confusos ao meu redor. Ela é como uma droga, que faz com que todo meu autocontrole e sentidos sumam feito uma névoa. E Isso me irrita. E muito.

A forma como meu estômago se revirou quando estávamos no armário, a forma como tive que forçar meu autocontrole ao extremo para não fazer com que eu faça algo que eu teria certeza que iria me arrepender assim que acabasse o momento. Eu devo estar com abstinência, preciso transar.

Eu nunca tocaria em Gabriela Rodriguez.

Após ser despertada pelo toque de meu celular, me encostei na cabeceira da cama e afundei meu rosto em minhas mãos, um suspiro de pura exaustão saindo de meus lábios. Desnorteada, procurei meu celular pela estante e com todo cuidado e na pontinha dos pés, fui até o banheiro e me tranquei lá.. temendo oque seria ou quem seria á essas horas da madrugada.

— Alô? — Falei baixo, minha voz mais grogue que o normal devido ao cansaço.

— Rosa, sou eu, Gabriela. — Um arrepio percorreu pela minha espinha na mesma hora que reconheci a voz, que diabos estava acontecendo comigo?

— O que caralhos você quer comigo essa hora Gabriela? — Não me preocupei em disfarçar minha raiva e indignação com o horário, por mais que a minha curiosidade estivesse no comando agora.

— Vá até a sala do armazém agora. Estou te esperando aqui. — A mais nova afirmou da outra linha, fazendo com que solte imediatamente uma risadinha baixa sem humor, achando que tudo aquilo era uma brincadeira.

— Está brincando né? Agora não é hora de criança ficar passando trote, vá dormir. — Retruquei, acreditando fielmente que aquilo tudo era uma brincadeira de mal gosto apenas para retirar o pouco de paciência e sanidade que tenho.

— Apenas venha. — Ela afirmou novamente, logo desligando em minha cara em cheio.

Quando eu ver essa garota, eu vou fazer questão de enterrar-la no meu jardim viva.

Passei a mão pelos meus cabelos desgrenhados, respirando fundo para não perder o último resquício de paciência que possuo. A curiosidade batendo mais alto, dei o fodasse e decidir ir ver oque essa pirralha tanto queria comigo.

Até que me dou conta do que estou vestindo, uma regata preta e uma calça moletom. Mas que mal faria.. não?

Destranquei a porta do banheiro com o máximo de cautela e delicadeza possível para não acordar Roberta, sempre que Betinha é acordada por alguém ela acorda estressadissima, e eu não quero acordar o cão.

Após abrir a porta, na pontinha dos pés eu fui até a porta da saída, logo saindo e assim podendo soltar a minha respiração de que nem sabia que estava segurando.

Meu coração palpitava em ansiedade, a curiosidade corroía minha mente, meus pés estavam indo até lá pelo automático. Ninguém sabia de oque e porque estava fazendo isso e indo até lá. Nem mesmo eu.
Estava atenta, atenta á todo resquício de movimentação que podia ter ao meu redor.
Quando finalmente cheguei até a sala, meu coração bateu mais rápido, minhas mãos trêmulas, oque caralhos estava havendo comigo? Eu iria até lá, iria ouvir oque ela tem a dizer, iria matar minha curiosidade e iria embora.

Simples.

Respirei fundo e entrei ao local, me deparando com a imagem que eu mesma poderia dizer que é a abertura para os portões do inferno.

Gabriela deu um pulinho após eu abrir a porta sem delicadeza alguma, mas porra.. meu olhar travou assim que a vi. Sua bunda estava cinicamente inteira de fora. Suas coxas grossas estavam em destaque com sua bunda, seus cabelos loiros soltos e meio desgrenhados. Se concentre Rosamaria. Lembre de que é Gabriela que você está vendo e anseando na sua frente.

Soltei a respiração que nem sabia que segurava novamente e colocando meus pensamentos no lugar, determinada á acabar com este pensamento impuro e proibido.
Fechei a porta e a tranquei, me encostando na mesa enquanto optava por apenas conversar de longe.

Mas pelo visto não era isso que Rodriguez pretendia.

Primeiro ela ficou paralisada com seus olhos fixos em meus braços, pude ver suas coxas se juntarem e seus lábios sendo mordidos discretamente, depois observo ela balançar levemente sua cabeça e voltar ao seu objetivo.. andando até mim com passos lentos e confiantes, fazendo com que eu levante minha sombrancelha esquerda de imediato.

— Precisamos conversar. — A garota finalmente quebrou o silêncio infinito, apenas quando ela chegou perto de mim, com uma distância considerável, porém próxima.

— Sobre? — A questionei, um ponto de interrogação explícito estampado em minha testa. Não lembrava de ter assuntos para debater logo com ela.

— Rosamaria, eu vi como você me olhou aquela hora. O que foi aquilo? — Ela perguntou com uma expressão minimamente séria, aparentando estar se esforçando para sua voz não sair trêmula.

Dei meu máximo para ignorar o meu ventre se contraindo quando o meu nome foi proferido por esta boquinha maldita. Acho que me deram alguma coisa estranha para comer hoje, será que tadalafila funciona em mulher e me deram?

— Você deve estar se confundindo, não olhei para você em momento algum. Está alucinando comigo agora pirralha? — Questionei, um sorrisinho maroto acompanhando meus lábios e não fazendo questão de esconder a promoção em minha pergunta.

— Não me chame de pirralha. — Gabriela logo trincou seu maxilar após seu apelido, fazendo com que eu prenda uma risadinha no fundo da minha garganta.

— Ou oque? — Não cedi á as provocações, devo anotar que este é um de meus novos afazeres favoritos.

Porém meus pensamentos cessaram quando Gabriela se aproximou mais, nossos corpos colando um no outro. Ela lentamente agarrou meu queixo de uma forma delicada diferenciada, abaixando meu rosto e..

Me beijando?

Talvez amantes? | Rosamaria Montibeller .Onde histórias criam vida. Descubra agora