Apenas rivais.

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Opa amoress, vai ser a mesma meta do passado! 10 Comentários e 18 curtidas.

Gabriela Rodriguez;

Desde de que houve o acontecimento com Rosamaria no banheiro, eu não a vi mais por aqui. Eu e Carol fomos em todos os lugares que possam imaginar, a torre Eiffel, restaurantes, tudo. Tiramos diversas fotos em cada canto que íamos, foi algo libertador, tirou um pouco da ansiedade e tensão do jogo que teríamos em alguns dias, foi ótimo para mim espairecer.

Ficar sem Rosamaria por perto e suas maluquices fez com que eu podesse respirar sem a tensão palpável que sempre portava no ar, me fez me sentir mais leve. Eu precisava disso. Todos estes episódios de dúvidas com a loira fez com que eu duvidasse muito do que realmente tínhamos, bagunçou minha mente mais do que eu gostaria.

Quando éramos mais novas, em um verdade ou desafio junto do restante da equipe colocaram a gente para nós nos beijarmos, foi um beijo intenso.. cheio de segredos ocultos e contido, fez com que eu duvidasse muito dos meus sentimentos por ela por por alguns dias, porém logo claramente o sentimento de ódio prevaleceu. Deve ser só tesão acumulado mesmo toda está confusão. Eu precisava espairecer

Agora, estávamos em um restaurante consideravelmente chique porém não muito frequentado devido ao mínimo de atenção que queríamos receber no momento. Não pude deixar de notar os olhares de Gabriela, a aproximidade esquisita, fez com que eu questionasse á mim mesma se eu não estava enxergando coisas. Preciso tirar isso a limpo.

Guimarães é um baita mulherão, admito. Ela é linda, engraçada para um caralho e é nossa capitã, eu não sou cega claramente.. e se ela realmente estiver interessada em mim, eu nunca perderia a oportunidade. Afinal, sou solteira oras.
Ela estava do meu lado da mesa no momento, havia ficado bons minutos discutindo com Carol sobre quem iria ficar do meu lado, pois dizendo ela queria fazer a " fileira das xará's ", claro, eu apenas fiquei calada e rindo horrores, não querendo trazer problemas para a minha pessoa, creio eu que Carol apenas cedeu pois Anne chegou e ela queria ficar de grude com a mulher dela.

Lá estava Carol, Anne que surpreendentemente é um amor de pessoa e que com muito sofrimento conseguiu dar uma fuga e vir nos ver, e Gabi. Eu e Gabriela já estávamos sentindo ânsia de tanta melação e grude á nossa frente, desde que Anne chegou elas já dançaram agarradas, ficaram se beijando, abraçavam misteriosamente sem motivo algum, e se eu não estiver vendo coisas já rolou até mão boba ao vivo devido às expressões. Não julgo, se eu ficasse semanas sem ver minha namorada que por acaso não existe eu também ficaria na mesma situação.

Enojada da situação e necessitando de um ar, me inclinei até o ouvido de Gabi de forma despercebida pelo casal e sussurrei baixinho;

— Bora dar uma fuga rapidinha? Já não aguento mais segurar vela aqui não! — Implorei, me afastando com um bico de cachorro abandonado, tentando sensibilizar-la.

Ela logo dá uma risadinha baixa e curta, acenando positivamente com a cabeça antes de planejar uma desculpa perfeita para nos livrar dessa.

— Acho que nós vimos as meninas passando por aqui, vamos lá ver se eram elas mesmo.. já voltamos. — Ela falou com total convicção, me surpreendendo logo com tamanha atriz que gabi pode ser quando quer.

As duas apenas acenaram positivamente, enquanto eu e ela já aumentamos nossos passos para fugir do grude.
Assim que saímos do restaurante, senti uma brisa gelada atingir meu rosto como um soco, e logo me praguejei mentalmente por ter vindo tão descoberta. Gabi aparentou ter percebido meus pelinhos se arrepiarem instantaneamente, e logo retirou sua jaqueta, colocando sobre meus ombros trêmulos.

E assim.. nossos olhos se encontraram. Um olhar cheio de cuidado exalava dela, como se eu fosse algo sensível que ela via na necessidade de proteger, nossos olhares se fixaram um no outro e ficamos bons segundos em um silêncio confortável.
Um sorrisinho de canto bobo se instalou em meus lábios de imediato, observando-a ficar sem jeito igual a mim.

— Obrigada.. — Minha voz saiu por um fio, um sussurro mais trêmulo que eu gostaria.

Gabi se aproximou de mim, nossos corpos ficando á centímetros um do outro, ela levou sua mão até meu rosto e colocou uma mecha de cabelo loiro solto em meu rosto atrás de minha orelha, seus olhos fixamente presos em meus olhos e logo descendo até meus lábios, meus olhos acompanhando cada movimento. Ela se inclinou lentamente, como se estivesse esperando eu me afastar, algo que claramente não fiz. E então, nos beijamos.

Foi um selar de lábios de imediato, porém logo ela pediu passagem com a língua e eu rapidamente aceitei em resposta. Era um beijo calmo, tranquilo, porém com cheio de desejo e carinho. Era diferente do beijo de Rosamaria, o da loira era mais selvagem, como se por trás dele fosse tentando descarregar um desejo oculto á anos, uma necessidade sem fim. O da cacheada não, era um beijo tranquilo que eu poderia até vir a dormir em seus lábios, me traziam proteção apenas de estar lá com o calor de seu corpo perto do meu.
Ela levou sua mão direita até minha cintura, apoiando lá enquanto a sua outra mão se acomodou no meu maxilar.

De modo inesperado, quando ela tocou em minha cintura, flashback's indesejados de Rosamaria e sua certa obsessão em apertar minha cintura em meio de nossos beijos logo se fez presente em minha memória, fazendo com que eu me xingue mentalmente por estar lembrando dela enquanto tenho meus lábios nos de Gabriela.
Até que nossos lábios se separaram, ambas procurando ar e desconcertadas, um sorriso bobo e um rosto corado se infiltrando em mim.

— Isso foi.. — Quebrei o silêncio, procurando palavras para descrever o misto de emoções de que eu estava sentindo naquele momento.

— Maravilhoso. — Ela falou, suas íris brilhando. Porra, essa mulher foi esculpida pelos deuses.

Talvez amantes? | Rosamaria Montibeller .Onde histórias criam vida. Descubra agora