Convocada.

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Desde que fui forçada á me mudar, senti como se o piso que aquela pequena garotinha possuia desabasse com fervor, aquela escola me ensinou tudo oque eu sabia, e eu sabia que tinha que mostrar que mesmo longe.. eu tinha que mostrar meu potencial.

Depois que saí de lá, fui para uma cidade com pouquíssimo acesso á lugares de treino e clubes, fazendo com que eu fosse forçada á sempre em meu tempo livre sair da cidade para jogar. Era uma rotina cansativa? Sim. Mas eu nunca iria desistir do meu sonho, por maior que teria que ser meu esforço.
Me conectei com o volleyball desde pirralha, quando criança assistia á vários jogos que passava em minha televisão, e mesmo com pouco acesso e disponibilidade, eu consegui dar meu jeitinho para poder praticar o esporte.
Quando comecei no vôlei, senti-me conectada com ele de imediato, foi como se eu o praticasse a tempos e ele fosse meu lugar de paz.

Agora, eu estava na quadra de meu condomínio a algumas horas.. para ser sincera? Eu estava lá desde cedo, e não fazia a mínima ideia de a quanto tempo eu já estava lá.
Era uma coisa repetida, jogava a bola no alto, atacava. Bola ao alto. Ataque. Bola. Ataque. E assim eu prossegui por horas até sentir meu corpo adormecer, meus joelhos pedindo arrego.
As olimpíadas estavam perto, e sinceramente? Eu não fazia a mínima ideia de que se seria convocada ou não. Eu não fazia parte de um clube importantíssimo igual a da maioria, eu apenas me esforçava e obtia destaque nas maiorias das competições de federação que eu participava. Eu pelo menos achava né.

Quando sinto meus dedos dormentes, decido finalmente largar a bola, sentindo meus pulsos dando um " glórias a deus " por ter feito isso, eles já estavam a pedir arrego a muito tempo sendo sincera, porém minha ambição de treinar sem parar falava mais alto.

Cansada, sentindo minhas pernas bambas, deixei um suspiro exausto escapar de meus lábios, apenas assim decidida de que já estava na hora de subir.
Os degraus eram torturantes, porra. Eu havia realmente exagerado no treino. Quando chego em casa, de imediato o aroma delicioso de comida fresca atingiu meu olfato, fazendo com que meus olhos brilhem de alegria e ansiedade para saborear, claro, não antes de um banho digno.
Não avistando minha mãe, andei pela casa olhando ao redor atentamente. Onde diabos aquela mulher se meteu?,

Até que ouço um grito escandaloso que com um pouco de atenção eu consegui meu ouvido soltar um chiado após.

— GABRIELA!! — Ouço a voz de minha mãe, uma mulher que sempre foi muito protetora em relação á mim. Sempre fui filha única, e pelo fato de que meu pai nos abandonou, fez com que ela se tornasse protetora ao extremo em relação á mim, ela queria que eu não sofresse nunca em minha vida oque ela sofreu em sua adolescência.

Dou um pulo para trás devido á o grito, virando-me para ela com uma expressão de terror estampada em minha cara, uma sombrancelha esquerda levemente arqueada por instinto.

— Você foi convocada. Seu nome está na lista. — Ela falou em apenas um fôlego, parecendo não acreditar em nada do que estava dizendo.

E agora sim, eu poderia dizer que senti minhas pernas bambear de foram surreal.



Olá amores!O capítulo será mais curtinho, pois é apenas para vocês terem mais noção do que irá vir á seguir, porém o próximo promete muitíssimo viu?

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Olá amores!
O capítulo será mais curtinho, pois é apenas para vocês terem mais noção do que irá vir á seguir, porém o próximo promete muitíssimo viu?

Talvez amantes? | Rosamaria Montibeller .Onde histórias criam vida. Descubra agora