As Batidas de um Coração - LawLu

>Tree⭐️

—Como está meu irmãozinho, doutor?

Seu semblante estava repleto de medo e preocupação.

—Ele está bem e estável no momento, ele ficará em observação para analisarmos se tera outro episódio como esse. Está com oxigênio e descansando no momento.

O rapaz loiro suspirou em alívio, assim como todos ali. Me agradeceu e se sentou em uma das cadeiras perto da porta.

—Posso saber quem você é?

Pergunto para a menina de cabelo rosa que ainda estava ali, mesmo já sabendo da resposta. Ela me olha e se endireita.

—Namorad-

—Umazinha que não deveria estar aqui! Aliás, agora que acabou o seu show, pode ir embora.

Disse o rapaz de cabelo verde escorado na parede, em seu olhar era notório que havia repulsa direcionado a menina.

Ela mordeu o lábio inferior e logo saiu.

Conversei sobre o ocorrido mais cedo e os adverti, o loiro deu uma bronca neles e se desculpou por seus atos.

[...]

A uns minutos atrás me despedi do meu pai e retornei a minha sala. Estou sentado em frente ao computador com a cabeça jogada para trás recostada na cadeira.

Em meu interior esta um misto de tristeza, culpa, medo e dúvida. Estou com medo de não conseguir o salvar, me sentirei culpado se não conseguir, estou com dúvidas se ele irá aguentar mais tempo e a tristeza que sinto ainda não sei o motivo.

Ela surgiu do nada e agora ocupa grande parte de mim, e nem sei o porquê disso.

Perdido em pensamentos tenho uma súbita ideia e rapidamente volto a fazer minhas pesquisas.

[...]

Ouço batidas na porta e ao ser aberta vejo Bepo entrar.

—Está muito ocupado, Law?

Pergunta se aproximando mais.

—Acabei de terminar.

Sorrio me levantando, ele me olha confuso mas assim que passo por ele, ele começa a me seguir. Seguimos o roteiro de sempre, uma última volta pelos quartos e por fim o 201.

Luffy ainda dormia tranquilamente, seu rosto estava calmo e sereno, bem diferente do seu habitual quando se está acordado.

—Os irmãos vieram o visitar, logo depois os amigos mas em nenhum momento acordou.

Confirmo com um movimento e checo sua prancheta para ver se realizaram os exames que pedi. Ao olhar minha expressão muda drasticamente e ao notar Bepo me questiona se havia algo errado.

—O tumor ficou maior, esta progredindo o quadro dele e não revertendo!

Deixando de lado a prancheta, passo minhas mãos no cabelo e começo a me questionar oque fazer, por onde começar, quais tratamentos podem reverter essa doença, etc. Remédios não irão adiantar mais nessa altura do campeonato.

—Law, fica calmo e foca no principal.

Bepo diz me fazendo parar e analisar a situação.

—Me desculpe, me exaltei um pouco.

—Precisamos aguardar ele acordar para prosseguirmos.

Concordei e me aproximei de onde o menor estava deitado. Vê-lo assim tão quieto é estranho e desesperador, me sinto cada vez mais ansioso e nem sei o porque desse turbilhão de sentimentos.