Se passou 1 mês desde que vim para Hiroshima, tiveram alguns contratempos e complicações mas finalmente a obra segue sem qualquer problemas. Meu pai voltou para Tóquio no meio do mês, surgiu um assunto urgente que o fez voltar contra sua vontade.
Estou no aeroporto esperando o horário de embarque, por fim posso voltar para casa e descansar. Não estou com pressa, afinal, Luffy teve alta e como seu estado está muito bom só irá retornar ao hospital uma vez por mês, não nos veremos tão cedo. Confesso que fiquei um pouco triste, mas muito feliz por ele estar vivo e bem.
Bepo tem lidado bem com os assuntos do hospital, Kid está de rolo com alguém e tenho um funcionário novo inesperado trabalhando para mim, confesso que fiquei muito surpreso quando me indicaram ele, afinal, é bem famoso no ramo da medicina fora o fato de ter sido meu professor.
Suspiro nervoso, aparentemente o voo irá atrasar um pouco.
[...]
Já em casa, percorro todo o espaço até chegar em meu quarto onde me jogo na cama sem horário para levantar. Dito e feito, acordo notando que havia pegado no sono. Olho meu celular e retiro do modo avião que deixei ativo sem querer, logo encheu-se de ligações perdidas e mensagens ambas de Bepo e Kid.
Retorno a ligação para Bepo, mas pelo horário ele não atendeu, logo minha última opção é Kid que atendeu rapidamente.
-Kid, oque aconteceu?
-Ja está em casa, Law?
Pelo tom de sua voz ele aparentava estar bem cansado, deve ter sido um dia difícil no hospital.
-Sim, acabei de acordar e não me lembrei de tirar o celular do modo avião.
-Ah então foi isso... Bem, não tenho boas notícias para você amigo.
O silêncio se instalou do outro lado da chamada e logo ouvi um longo suspiro.
-Seu pai está internado aqui, passou por uma cirurgia mas analisando a situação e o estado dele... Não sei se ele vai sair dessa, Law!
Levo um tempo para digerir toda essa informação que foi jogada em meu colo de uma vez, por fim, todas as peças se encaixam como um lindo quebra cabeça. Tem um tempo que não tenho notícias do meu pai, Bepo sempre mudava de assunto ou dava uma desculpa quando eu perguntava dele.
Desliguei o celular com a sensação do chão se desfazendo abaixo dos meus pés, me pus a levantar e correr em direção ao hospital sem me importar com o horário. Minha ficha não tinha caído, para mim, vou chegar lá e ele irá me receber com um sorriso e dizer que era tudo mentira. É nessa falsa e doce esperança que meu coração quer se agarrar.
Adentro o hospital correndo e já posso ver Kid me esperando.
-Law.
Sua feição não é nada agradável ao meu ponto de vista.
-Onde ele esta?
Ele me olha por um segundo e logo começa a andar, movimentando a cabeça em um sinal para eu o seguir. O caminho foi rápido mas não para mim, parecia uma eternidade torturante. Não sei em quais condições vou o encontrar e isso é oque mais me preocupa.
Kid para abruptamente e ao olhar estamos no quarto vip 05. Ele coloca uma de suas mãos em meu ombro, não fala nada e logo sai. Seguro a maçaneta com as mãos soando, engulo em seco e por fim tomo coragem de entrar.
Ao entrar meus olhos se fixam na cama em que ele está deitado. Parece estar dormindo. O olho de longe ainda na porta, sem coragem alguma em dar qualquer passo para dentro do quarto, mas, ao meu ver seu rosto está mais magro e pálido, sua respiração parece fraca e se não fosse por suas características indescritíveis eu não o teria reconhecido.
Anda a passos curtos e apressados o fitando sem desviar o olhar. Meus olhos se enchem d'água, me forço a me recompor pois ele estava ali ainda, irreconhecível mas estava vivo. Sua aparência não demonstra vida mas seu coração sim, enquanto ele ainda respirar terei toda a esperança do mundo de que ele irá voltar a brilhar e espalhar alegria e vida por todo canto, afinal, ele é meu pai. É forte. Nada pode o derrubar, ele não pode cair.
Em algum momento segurei sua mão e só precebo quando sinto um leve apertar em minha mão, o olho e suas pálpebras se movem logo se abrindo, mostrando seu olhar fosco e apagado. Ele me olha e sorri com um pouco de dificuldade, sorrio de volta apertando sua mão um pouco mais.
-Meu filho. Você voltou!
Confirmo com a cabeça que sim, sorrindo para ele.
-Ocorreu tudo bem? A construção iniciou?
Aceno novamente e ele sorri. Percebo que está bastante ofegante.
-Não precisa se forçar a falar, pai. Poupe forças para se recuperar, você tem que ficar bem!
O monitor mostra que seus batimentos estão diminuindo gradativamente, faço menção em sair para chamar Kid ou alguém para me ajudar, mas, ele me segura, o olho e ele estava com o mesmo olhar conformado que sempre notei em Luffy. Ele estava morrendo e já havia se conformado com isso, só não entendo porque aguentou tanto tempo se no fim iria desistir.
-Pai! Você precisa de ajuda!
-Law, me escuta. Não tenho mais tempo, lutei até agora para poder te ver uma última vez. Meu corpo está definhando e está cansado de tanto lutar para se manter vivo. Estou indo em paz, não tenho arrependimentos, mas agora que te vi, acho que me arrependo de não poder ver meus futuros netos.
Seu aperto começa a ficar cada vez mais fraco, o monitor começa a apitar, em desespero procuro o botão de emergência e o aperto várias vezes. Meu pai está com o semblante sereno e calmo, enquanto estou nervoso e assustado.
-Não se esqueça que eu te amo meu filho, sempre te apoiei e sempre te apoiarei.
Ele tem uma parada cardíaca e rapidamente começo a massagem em seu peito, as portas se abrem e vejo Kid e dois enfermeiros entrarem. Kid com muito esforço toma meu lugar e pede para um dos que estavam lá me levar para fora, muito a contra gosto me retirei. Queria ficar ao seu lado, mas, sei que isso atrapalharia e deixaria meu amigo médico nervoso.
Não sei ao certo quanto tempo já se passou. Horas, minutos ou segundos não importam quando se é você que está fora da sala, porque independentemente continuará sendo uma eternidade aos seus olhos.
A porta se abre e automaticamente me levanto, Kid aparece e assim que ele me olha eu me sento novamente, encosto a cabeça na parede e fecho meus olhos. Sinto ele se aproximar e sentar ao meu lado.
-O tio risonho foi forte até o fim, Law.
Continuo na mesma posição, não me movo, nenhuma lágrima cai, apenas permito meu cérebro assimilar e processar tudo oque aconteceu até agora.
-Ele foi impressionante, demos um prazo e com seu esforço ele chegou até aqui. Estava se esforçando para te ver, Law. Isso por si só já é incrível!
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Continua
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•-☆Oii meus amores, aqui é a autora ioiô ksks
-☆Obrigada por me seguir e fazer parte dessa família que está crescendo!♡♡
-☆Obrigada por lerem minha história!
-☆Curtir e comentar me ajuda a não desanimar!♡
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As Batidas de um Coração - LawLu
Fanfiction-Trafalgar D. Water Law, herdeiro da segunda maior empresa no ramo da medicina, HeartTech. Sendo o mais jovem dentre todos de seu país, conta com a ajuda de seu pai Rosinante ou como o chama, Corazon. Law havia tudo sobre controle, sua empresa e seu...