"É uma bebida especial", a empregada que Luke começa a perceber que não é uma empregada sorri. "Você coloca na xícara dele, apenas algumas gotas, e os verdadeiros desejos do Príncipe serão revelados.""E," sua respiração constrói em seus pulmões. "E se o verdadeiro desejo do meu marido é me causar dano? Assumir a dívida que ele está convencido de que tem ou- me pagar pela humilhação que eu trouxe?"
"Então não dê a ele a poção", Alys simplesmente dá de ombros. "Eu sou apenas uma mera serva, meu príncipe. Eu trago o que acho que pode ajudá-lo, mas cabe a você decidir se é algo que você precisa. Alimente o Príncipe Aemond com a poção", seus olhos, impossivelmente verdes na luz fraca do corredor, brilham quase pressentindo isso. "Ou não. Sua escolha. Mas você não quer saber, a verdadeira extensão dos sentimentos do seu marido por você?"
"Eu-" sua voz treme.
Não, não realmente. A verdade não é o que Lucerys deseja.
É o amor de Aemond.
Mas você não pode fechar a ferida sem limpá-la primeiro, e mesmo que ele não queira saber, ele tem que saber.
"Acho que devo", ele deixa escapar tristemente, e a expressão da bruxa suaviza-se um pouco.
"Amor", ela começa, andando de um lado para o outro como se estivesse em um sonho. "É uma coisa horrível, meu senhor. A pior de todas. O amor é que matou meu irmão", sua mão se estende e Lucerys quase recua, mas se força a ficar parado. "O amor é que te deu à luz. Você, meu senhor, é a coisa horrível criada para assombrar essas terras. Então assombre-as, siga seu tio até a beira da loucura, amarre-o em sua teia e force-o a beber o veneno que escorre de sua língua", seu sorriso é gentil, assim como não é, e então ela se afasta, se escondendo em uma sombra, e Lucerys pode finalmente respirar.
Essas paredes, ele jura, estão se fechando sobre ele quando ele não está olhando, e em cada corrente de ar, em cada rangido da madeira ele ouve vozes.
Lugar mal-assombrado, lugar horrível.
Adequado.
"Obrigado."
Ela lhe dá um sorriso reservado.
"Se o resultado da noite não for o que você espera", ela inclina a cabeça para o lado de um jeito que Jace às vezes faz. "Então volte. Eu vou descobrir algo para fazê-lo desejar você."
"Você iria..." sua voz falha novamente. "Você faria ele me querer?"
"Se é isso que você precisa."
"Mas isso é errado", tudo nele se rebela ao pensar em Aemond, preso à sua vontade por algum tipo de poção maligna, desejando-o não por causa de seu coração, mas pelo capricho da magia negra desses salões.
Preso, capturado e pregado a uma parede como um inseto. Para sempre um prisioneiro, trancado em seu próprio corpo, sua própria mente.
"Eu nunca disse que não é", Alys sorri. "Mas eu conheci o amor que se torna... desesperado. Estou simplesmente oferecendo meus serviços", ela faz uma reverência. "E você vai aceitá-los ou não. A escolha é sua", seus olhos brilham. "Luke Strong."
Ele pisca e nesse piscar de olhos de alguma forma consegue perder vários momentos, pois quando ele abre os olhos Alys não está em lugar nenhum. Lucerys se vira, procurando por ela em cada fenda e cada canto, mas sem sucesso.
Ele olha para o frasco em sua mão e toma uma decisão.
No começo ele acha que não funciona.
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What kind of love
FantasiaA história se repete, e Lucerys Velaryon, casado por decreto do rei com um homem, dorme com outro. Ele esqueceu de pedir a opinião do marido sobre o assunto. (Esta história não me pertence,ela é da escritora/o, Maegalkarven no Ao3.Uma tradução de fã...