Quero mostrar meu tumulto
verborragia
gritos, vozes, gemidos
que correm em minhas veias
cheias de açúcar e gordura
prestes a explodirO poeta espera a flor no asfalto
no entanto estão todos entregando folhetos para que o novo antigo pior prefeito seja eleito e destrua o resto de sonho e ideal que ainda existem dentro de mimAs pedras rolam e me impedem de ver o caminho, o horizonte
são tantas que tropeço, caio, sou esmagada por elas e já não sou flor, sou braços pedindo socorro soterrada, esmagada por vozes e o asfaltoCarlos, Anielson, hoje não sou Cecília, nem Adélia, o cansaço me toma
vence e o medo quem será, quem será,
são paulo e seus teleféricos, mafiosos, sensacionalistas, quero um Sol iluminando o cinza da cidadeQuero um sol iluminando o cinza da cidade
Quero um sol iluminando o cinza da cidade
Quero um sol iluminando o cinza da cidade