Em um mundo onde o romantismo é a essência da vida, Park Jin-Ah sempre sonhou em viver um grande amor, igual aos romances que devorava. Sempre fora uma romântica incurável, vivendo com a cabeça nas nuvens, os olhos brilhantes, se perdendo em históri...
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Regra N° 10 - Se está fácil demais, algo está errado.
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-O que você está fazendo aqui? - Uma voz fria e cortante soa, eu lembrava muito bem de quem era essa voz.
-M -m Madrasta! -A segunda esposa de meu pai, uma mulher bonita e jovem, tão cruel quanto charmosa.
Ela usava um casaco de pele branco grosso, graças ao inverno de cinco graus que fazia naquela tarde de domingo. Eu me senti grata por fazer tão frio que eles precisaram me dar um casaco novo, não tão quente quanto o dela, nem tão caro, mas um casaco quentinho e forrado o suficiente para não morrer de frio.
Se me deram um casaco, significa que se importam o suficiente para não me deixar morrer.
-Você fez um amiguinho, que fofo. - Disse sarcástica, com seus olhos tão negros quanto seus cabelos, me fitando, logo depois de caírem para o filhote de gatinho amarelo ao meu lado.
Eu apertei nervosamente minha jaqueta nova.
-Ele não é meu, só estava passando, eu juro! -Disse desesperada.
-Tem certeza? Ele parece bem apegado a você. -Seu tom era cínico e venenoso, enquanto me olhava com um sorriso viperino em seus lábios fortemente tingidos de vermelho.
Eu estava alimentando aquele gato a semanas escondida, e não queria que meus irmãos, ou minha madrasta o encontrassem primeiro, porque sabia o que eles iriam fazer.
Os animais sempre foram melhores que a gente, tudo o que eles faziam tinha um motivo, não era como os seres humanos, cruéis sem motivo, se deleitando com o sofrimento alheio.
-Sim, definitivamente não é meu. -Eu olhei séria para minha madrasta. Ela sorriu maliciosamente, me causando um arrepio viscoso.
-Então... Livre-se. -Disse séria. Eu sabia que ela não estava brincando.
Não por favor.- Um gosto amargo tomou minha garganta.
-Agora mesmo. -Fiz uma referência, mas minhas palavras e ações não condiziam com os meus pensamentos.
Me virei para o gatinho, que retribuiu meu olhar e começou a ronronar quando o peguei no colo. Ele já havia se acostumado comigo, e eu a ele. -Eu havia me apegado a ele.
Olhei no fundo de seus olhos amarelos brilhantes, e meu coração acelerou desesperadamente, a ansiedade me deu vontade de chorar, mas eu não poderia fazer aquilo na frente daquela mulher.
-Vamos, o que está esperando, criança? -Minha madrasta quase cuspiu a última palavra, como se fosse uma maldição, como se eu fosse uma maldição.
-Não se preocupe, vou te tirar desse inferno. -Murmurei para a pequena criatura, me certificando que a mulher de olhos cor de abismo não me ouviu.
Olhei para o chão e encontrei o pano que eu tinha feito de trouxa para trazer os petiscos que agora, graças a Deus, o gatinho já havia comido. -Ainda bem que ela não viu que eu trouxe comida para ele.