CSRNL. Capítulo 06.

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Regra n°6 - Sempre saiba com que tipo de personagem está lidando.

°°°

-Me parece interessada no visconde - Cadelian disse enquanto eu devorava meu prato cheio de petiscos de camarão e lulas recheadas com queijo.

Interessada mesmo, estava naquele prato maravilhoso.

Mas de fato, pelo visconde eu tinha um certo interesse, para ser exata eu tinha um "uso" para ele.

-Ele é bonito - Digo sem muito interesse.

O marquês estala a língua, sinto seu olhar me fuzilando, claramente descontente.

-Não se preocupe, não vou me apaixonar tão cedo- Eu disse sorrindo para ele.

Levando em consideração o suposto crush de Madellyne em alguém com o sobrenome Lanverland.

-Melhor que isso dure um bom tempo- Cadelian voltou a ler o seu jornal, parecia satisfeito com essa resposta.

O jeito que ele estava agindo parecia até um ciúme bobo paterno, o que me fez sorrir mais ainda.

Mas era verdade que o visconde era bonito, mesmo que eu esteja rodeada de nobres bonitos e requintados, eles parecem simples perto dele, e mais ainda perto de Cadelian.

Sinceramente, eu não sei se alguém não pareceria normal perto dele e de Madellyne, eles dão uma surra de beleza até nos mais bonitos do meu mundo anterior.

E eu era muito tímida antes, também, com aquela paixãozinha medíocre, eu não tinha mais olhos para Ninguém.

Quando eu estava na faculdade, até mesmo no colégio, eu recebia algumas confissões e presentes de admiração, mas eu só tinha olhos pro estrupício do meu ex.

Eu quase fiquei verde de tão enjoada.

-Seu enjoo voltou? - De repente, Cadelian estava do meu lado ajoelhado.

Não vi como ou quando ele chegou ali, mas pela primeira vez, eu pude ver suas expressões mais claramente e ele estava preocupado, de verdade.

Me senti mal pelo meu enjôo falso causado por lembranças da desgraça do meu ex.

-Está tudo bem, já passou. - Eu sorri mais do que queria.

A sensação de alguém se preocupando de verdade comigo, foi muito satisfatória, mesmo que apertasse o meu peito, pela primeira vez eu vi alguém desempenhando o papel pelo qual se submeteu, no caso, um pai... Meu pai, se preocupando comigo, a sua filha.

Mas tudo desaba quando percebo que eu não sou sua filha de verdade, e eu já não consigo mais olhar em seus olhos.

É irônico pensar que o buraco feito no meu peito possa doer, já que, hipoteticamente, ele é apenas um lugar vazio. Mas o nada dói, A como dói.

Como sobreviver em um romance que você não leuOnde histórias criam vida. Descubra agora