Como sobreviver em um romance que você não leu

CSRNL.Capítulo 11

"Às vezes o que parece o mínimo, é mais do que imagina,

entretanto, o que pode parecer o máximo de alguém,

é apenas uma colher de chá de um oceano inteiro que poderia ter sido oferecido a você."

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Regra N°11 - Não se apegue a sentimentos que estão destinado a acabar.

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Eu estou estressada.

E agora estou prestes a ficar mais estressada ainda. -Não estou pronta para tomar café com Cadellian a esta hora, sem nem ao menos ter dormido.

Olhei para a grande porta com detalhes azuis e brancos no final do corredor iluminado pela luz leve da manhã, que passava pelas janelas à minha esquerda. Atrás daquela porta? Está o homem mais difícil de lidar que já conheci. -Talvez nem tanto, só um pouco, mas não dormir nem um pouco me deixou muito pessimista.

Eu ainda não absorvi os detalhes daquele diário, nem ao menos consegui lê-lo completamente antes de Sasha bater em minha porta e me pegar no flagra fazendo qualquer coisa além do que eu deveria estar fazendo. -Dormindo.

Pelo menos consegui, a tempo, colocar o tapete no lugar e dizer a ela que encontrei o diário escondido no closet de roupas.

Havia sido o único lugar que não tínhamos procurado, pelo menos não completamente, portanto uma desculpa plausível. Até porque o closet de roupas de Madellyne era um armário para Nárnia, havia uma dimensão inteira dentro dele, como uma segunda casa, só que nos armários da cozinha tinham roupas e sapatos. -Não acho que seria tão ruim viver só disso.

Mas a desculpa por não ter dormido? Essa eu não encontrei. Até cheguei a pensar se eu deveria falar que passei a noite em claro procurando o diário, mas Sasha me atropelou, deduzindo sozinha que era insônia, porque eu fiquei muito nervosa com o baile de máscaras.

Nesses momentos eu nem preciso ter ideias se posso contar com o achismo dos outros. Mas essa de fato é mais umas de minhas preocupações. -O maldito baile do imperador louco.

Chegamos a frente da porta e eu respirei fundo, já me preparando para lidar com Cadelian, buscando qualquer fio de paciência que pudesse surgir em minha frente. Mas quando a porta é aberta, não há ninguém, todas as cadeiras estão posicionadas, mas há apenas um prato do outro lado da ponta da mesa e mais nada.

-Vossa excelência optou por tomar café em seu escritório hoje. -Uma empregada diz ao lado.

Pela sua vestimenta diferente, provavelmente se tratava da empregada chefe, sua roupa consistia em um vestido azul marinho quase negro de gola alta e saia longa simples, com seus cabelos loiros que me lembravam o de Sasha, presos em um coque na nuca, passando um ar de rigidez e elegancia -Com certeza é uma mulher muito diligente.

-Estela. -Naturalmente seu nome brotou em minha boca.

E a sensação que Estela causava em meu corpo, era um misto de desconforto total e uma consciência exagerada sobre minhas ações. Era o tipo de pessoa que me fazia querer endireitar minha postura só com um olhar, como a minha... Um arrepio familiar subiu pela minha espinha. 

Também havia visto Estela algumas vezes de longe, e dentre todos os olhares que os empregados dessa casa lançavam para mim, mesmo eu fingindo não notar, o dela era o mais assustador.