Capítulo 7

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— Não é tão difícil acertar a bola, Emma! — Regina diz, me ensinando.

Já estamos aqui há dez minutos e descobri que Regina é uma péssima professora.

— Olha quem fala! A pessoa que errou todas as tacadas durante o jogo! — digo, tentando acertar a bola e errando, já que a mesma nem saiu do lugar.

— Me deixe te mostrar — diz, tirando o taco da minha mão — Mão esquerda no início do taco e a direita junto, mas não muito perto. Para equilibrar, levante o taco, gire o corpo em uns 180° graus, se concentre e gire novamente, acertando a bola — ela explica, acertando a bolinha que voou longe.

Ela é mesmo boa!

Tentando do jeito que ela me ensinou, pego o taco que foi parar do outro lado e me posiciono, olhando para a minha chefe que provavelmente está solicitando paciência à Deus agora.

— Vem cá, Emma — diz  — Vou te ensinar, vê se aprende desta vez.

Pego meu taco e vou até ela, esperando as instruções, mas foi o contrário do que esperava. Minha querida chefe pegou no meu braço e me virou, ficando atrás de mim e passou o braço pela minha cintura, de modo que nossos corpos ficassem colados.

Caramba, minhas pernas estão até moles.

— Corpo ereto, Emma — ela pede e eu fecho os olhos, sentindo sua respiração em meu pescoço — Emma? — a escuto chamar e no mesmo momento saio do transe.

— Sim, ahn, corpo ereto...— digo, dando uma pigarreada.

— Ótimo, agora segure firme o taco — diz, colocando suas mãos junto as minhas — Vai girar o corpo...— explica, virando o corpo junto do meu.

Isso é surreal, sentir o calor do corpo da minha chefe assim, de forma tão íntima como se fôssemos mesmo um casal.

Isso me deixa confortável.

Girando, acertamos a bola que voou, não tão longe quanto a dela, mas deu certo.

Ela se afasta e disfarçadamente solto minha respiração. Consigo sentir algo no meu íntimo e meu coração está acelerado.

Olho para a mesma, me sentindo estranhamente envergonhada.

— Entendeu? — ela pergunta, claramente envergonhada.

— Acho que entendi — falo e pego o taco de volta — Concentração, giro de 180° graus, e acerta — digo fazendo os movimentos.

— Porra, Emma! — me viro e coloco a mão sobre a boca. Minha chefe deve estar me amaldiçoando até minha última geração.

Acertei o taco na perna dela sem querer.

— Oh meu Deus, perdão Miss Mills! — digo e a vejo me encarar muito puta, se ela possuísse poderes sobrenaturais, eu já estaria morta.

A ajudo se sentar na grama e ela morde os lábios, bloqueando a perna que machucou.

Acho que fez isso para não me xingar. Me ajoelho à sua frente para fazer uma massagem em sua perna.

— Não encosta! — ela diz, realmente com raiva.

— Desculpa, eu estava segurando o taco certo! Pensei que era seguro! Não deveria me ajudar a fazer isso, eu sou um desastre!

Minha Adorável Chefe Tirana - Swanqueen Onde histórias criam vida. Descubra agora