《DÉCIMO CAPÍTULO》

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"Formados no ódio e terminando no amor, Patrick e Ethan descobriram que, apesar das rivalidades familiares, o que realmente importava era o que sentiam um pelo outro."

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O sol se filtrava pela cortina, iluminando o quarto de Patrick com um tom suave e dourado. Ele se espreguiçou, ainda meio sonolento, e olhou para o relógio: era hora de acordar. Ao seu lado, Ethan ainda dormia, com uma expressão serena, uma fração de felicidade em um mundo onde rivalidades familiares pairavam como nuvens escuras.

Patrick sorriu para a cena e decidiu não acordá-lo. Ele levantou-se, vestiu-se rapidamente e foi para a cozinha. A mãe estava fazendo café, o aroma perfumando a casa. Patrick estava prestes a contar a ela sobre Ethan, mas hesitou. A rivalidade entre os Hockstetter e os Sinclair era um tópico delicado, e ele sabia que ela não reagiria bem ao ouvir que estava permitindo que Ethan passasse a noite.

Enquanto isso, Ethan começou a despertar, um pouco confuso ao perceber onde estava. Ao se lembrar da noite anterior, sentiu uma onda de calor subir pelo rosto. Ele estava na casa de Patrick, algo que poderia causar um grande conflito se seus pais soubessem. Olhou ao redor e viu Patrick na cozinha, conversando com a mãe.

Ethan rapidamente se vestiu, pensando em como sair sem ser notado. A última coisa que queria era criar um escândalo. Ele se aproximou de Patrick e, com um leve toque no braço, sussurrou: “Preciso ir. Não posso ser visto aqui.”

Patrick fez uma expressão preocupada, mas acenou com a cabeça, compreendendo a gravidade da situação. “Cuidado, ok? E depois vamos terminar o trabalho de biologia, certo?”

“Claro,” respondeu Ethan, antes de se afastar, indo em direção à janela. Ele tinha que ser rápido.

Com um movimento ágil, Ethan pulou pela janela, aterrissando suavemente no gramado. O coração batia acelerado, tanto pela adrenalina quanto pelo medo do que poderia acontecer se seus pais o vissem fora de casa. Ele correu pela rua, consciente de que cada passo o afastava da segurança, mas também da opressão que sentia em casa.

Ao chegar em sua residência, Ethan se esgueirou pela porta dos fundos e rapidamente entrou pela janela do seu quarto. Sabia que seus pais provavelmente ainda estariam dormindo após a noite tumultuada que tiveram. Pegou sua mochila e trocou de roupa, vestindo uma camiseta confortável e jeans. Ele se despediu da ideia de ficar em casa e, mais uma vez, decidiu que a escola era o único lugar onde se sentia livre.

Ethan saiu pela janela, pegou sua bicicleta e pedalou em direção à escola, o vento batendo em seu rosto, quase como se estivesse libertando-o de tudo que o prendia. A sensação de liberdade era intensa, e ele se concentrou no caminho, pensando em Patrick e no que poderia acontecer quando se encontrassem novamente na escola.

Ao chegar à escola, Ethan estacionou sua bicicleta e entrou pelo portão lateral, desviando de olhares curiosos. Os corredores estavam cheios de alunos, mas seu foco estava apenas em Patrick. Ele sabia que a aula de biologia era uma oportunidade para se encontrar e trabalhar juntos, mas a tensão da rivalidade entre suas famílias pesava sobre eles.

Finalmente, encontrou Patrick na sala, sentado no fundo, como sempre, com um sorriso que iluminou o ambiente. Ethan se sentou atrás dele, tentando ignorar a ansiedade que o envolvia.

“Oi, cadelo” sussurrou Patrick, sem olhar para trás, mas sabia que Ethan estava ali.

“Oi, Samara” respondeu Ethan, tentando parecer despreocupado, mas seu coração ainda estava acelerado.

“Vamos terminar aquele trabalho?” Patrick virou-se, um brilho de expectativa nos olhos. Era um pequeno refúgio no meio da confusão em suas vidas.

“Sim, vamos,” disse Ethan, sabendo que, enquanto estivessem juntos, tudo ficaria um pouco mais fácil

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