《DECIMO SÉTIMO CAPÍTULO》

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O clima pesado do sábado pairava sobre a casa. Ethan, que costumava ser mais tranquilo, estava à beira de um colapso emocional. Ele andava de um lado para o outro, o celular pressionado contra a orelha enquanto discutia ferozmente com os pais, os gritos ecoando pelo corredor. Do outro lado da linha, as palavras carregadas de ódio e desprezo dos Sinclair faziam o sangue de Ethan ferver.

Patrick estava sentado no sofá, com um livro que ele fingia ler. Mas, a cada segundo que passava, ele só conseguia focar na tensão crescente no ambiente, observando Ethan lidar com aquela bomba emocional. Ele conhecia bem aquela sensação de ser rebaixado por quem deveria te amar, mas ver isso acontecer com Ethan o atingia de um jeito diferente. Era doloroso, quase insuportável.

"Eu não quero saber, mãe!" Ethan gritou, sua voz falhando por um momento, carregada de frustração. "Eu sou melhor sem vocês, ok? Não me liguem mais. Não vou cair nessa merda de novo!"

Ele desligou o telefone com um movimento brusco, jogando-o sobre a mesa com força, o peito subindo e descendo em uma respiração pesada. Por alguns segundos, Ethan apenas ficou parado, os olhos perdidos no nada, tentando absorver a raiva que ainda pulsava em suas veias.

Patrick observou em silêncio. Sabia que esse era um daqueles momentos em que falar poderia ser perigoso. Ethan estava como um vulcão prestes a explodir. Mas, por outro lado, ele também não podia simplesmente ficar ali parado e assistir o cara que ele amava ser consumido pelo estresse.

Patrick soltou o livro, deixando-o de lado no sofá, e finalmente se pronunciou. “Ethan,” disse ele, a voz calma, mas firme. “Vem cá.”

O tom de Patrick não era apenas um pedido — era uma ordem suave, carregada de preocupação. Ele estendeu a mão, indicando o lugar ao seu lado no sofá.

Ethan bufou, ainda tomado pela raiva, mas depois de alguns segundos, ele se rendeu e caminhou em direção a Patrick. Quando ele se aproximou, Patrick rapidamente o puxou para si, envolvendo seus braços ao redor de Ethan, forçando-o a relaxar. Ethan resistiu por um segundo, ainda tenso, mas então cedeu, deixando o corpo se afundar no calor e conforto que Patrick oferecia.

"Isso, assim," murmurou Patrick, sua voz um sussurro rouco. Ele beijou a têmpora de Ethan com suavidade, seus lábios roçando na pele quente. “Esquece eles. Você não precisa carregar isso. Deixa eles pra lá.”

Ethan suspirou, a raiva lentamente se dissipando enquanto ele sentia os lábios de Patrick descerem suavemente pelo seu pescoço. O calor dos beijos de Patrick misturado ao seu toque calmo trazia uma sensação de paz que Ethan não encontrava em nenhum outro lugar. Ele fechou os olhos por um momento, sentindo o coração bater mais devagar.

“Por que... por que eles não podem só... me deixar em paz?” Ethan perguntou, sua voz rouca de frustração. Ele segurava os braços de Patrick com força, como se o contato físico fosse a única coisa mantendo-o ancorado à realidade.

“Porque eles são idiotas, e é isso o que idiotas fazem,” Patrick respondeu com simplicidade, a mão acariciando as costas de Ethan em movimentos circulares. “Mas você não precisa ouvir, sabe? Não precisa deixar que eles te derrubem.”

Ethan soltou uma risada curta, sem humor. “Falar é fácil. Viver com isso todo dia é outra coisa.”

Patrick segurou o queixo de Ethan gentilmente, forçando-o a olhar para ele. “Ei. Eu tô aqui. Não importa o que eles digam, você tem a mim, tem nossa casa, tem nossa vida. E eles não podem mudar isso.”

Ethan fechou os olhos por um momento, respirando fundo. O toque de Patrick e suas palavras, embora simples, tinham um efeito calmante. Ele se permitiu afundar um pouco mais nos braços do namorado, sentindo a tensão começar a se dissipar.

“Você faz parecer tudo tão simples,” Ethan murmurou, sua cabeça repousando no ombro de Patrick.

Patrick sorriu de lado, inclinando-se para beijar o lóbulo da orelha de Ethan, mordendo-o levemente em seguida, um gesto carinhoso e brincalhão. “Às vezes as coisas são simples, só falta você enxergar,” ele sussurrou, o tom brincalhão de antes desaparecendo para dar lugar a uma sinceridade profunda.

“Eu não sei o que seria de mim sem você,” Ethan admitiu baixinho, quase sem fôlego, como se aquela confissão fosse o último resquício de suas forças.

“Você não vai precisar descobrir,” Patrick respondeu com firmeza, apertando-o um pouco mais forte em seus braços. “A gente vai passar por isso junto. Sempre.”

Os dois ficaram ali, em silêncio, com Ethan ainda em cima de Patrick, sentindo o calor e a segurança que aquele abraço trazia. Por mais caótico que o mundo fosse lá fora, pelo menos, naquele momento, eles estavam bem. E nada mais importava.

O silêncio que envolvia os dois era confortável, mas carregado de algo a mais, uma tensão que ia além das palavras de conforto. Ethan ainda estava sentado no colo de Patrick, seu corpo relaxado, mas seus olhos fixos nos de Patrick agora traziam uma mistura de emoções que iam além do cansaço.

Patrick, percebendo a mudança no olhar de Ethan, deu um sorriso de canto, os dedos deslizando pelos quadris dele de forma possessiva, mas ainda suave. Ele sabia bem o que aquele olhar significava. Ethan estava se afogando em emoções, mas não apenas as ruins.

“Você tá... diferente agora,” Patrick comentou, a voz baixa, como um sussurro íntimo que fazia o ambiente ao redor parecer menor.

Ethan se inclinou, a boca a centímetros da de Patrick, os lábios quase roçando. “E o que você vai fazer sobre isso?” ele provocou, a voz um pouco mais rouca, os olhos queimando de desejo.

Patrick segurou firme na cintura dele, os dedos apertando com mais força enquanto seus olhos percorriam cada detalhe do rosto de Ethan, sentindo o coração acelerar com o jeito como o ar entre eles parecia eletrificar. Ele inclinou a cabeça para frente, os lábios encontrando os de Ethan em um beijo lento, profundo, carregado de intenções.

Quando finalmente se separaram, ambos estavam sem fôlego, e Patrick murmurou contra os lábios de Ethan, com a voz grave e cheia de promessas. “Se eu disser o que quero fazer, a gente não vai sair desse sofá tão cedo…”

Ethan sorriu, mordendo levemente o lábio inferior de Patrick, provocando ainda mais. “Talvez eu não queira sair...”

Patrick riu, uma risada baixa que vibrou contra o peito de Ethan, os dedos agora explorando a pele exposta abaixo da camisa dele. “Você tá brincando com fogo, Ethan... e eu gosto disso.”

Os dois ficaram ali por mais alguns momentos, o calor entre eles crescendo a cada toque, a cada suspiro. As mãos de Patrick se moviam lentamente, como se testando os limites, enquanto Ethan se inclinava mais contra ele, o corpo respondendo ao toque com uma antecipação palpável.

Mas antes que a tensão pudesse se transformar em algo mais, Patrick parou, seus olhos travados nos de Ethan com uma expressão de controle firme, mesmo que estivesse visivelmente lutando contra o desejo crescente.

“Não agora, Ethan...” ele sussurrou com um sorriso torto. “Ainda não.”

Ethan suspirou, meio frustrado, mas não pôde deixar de sorrir também, entendendo o que Patrick estava fazendo. Ele deu um beijo rápido e provocador nos lábios de Patrick antes de se afastar um pouco, o sorriso brincando nos lábios.

“Você realmente sabe como me fazer esperar,” Ethan disse, ainda rindo levemente, mas com os olhos brilhando com uma promessa não dita.

Patrick apenas deu de ombros, o olhar travado no de Ethan. “Confia em mim... a espera vai valer a pena.”

O clima entre eles ainda estava carregado, mas ambos sabiam que aquele momento era apenas o início. Mesmo que não fosse agora, a chama entre eles só crescia, e cedo ou tarde, eles teriam seu momento
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"Naquele momento, enquanto as incertezas do mundo lá fora pareciam insignificantes, eles encontraram conforto um no outro, como se estivessem prestes a cruzar uma nova fronteira juntos."



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1362 palavras

1.Patrick e Ethan vão começar a ter os problemas de casal muhahaha.

2.Ethan com fogo no rabo e o patrick provocando.

até a próximo capítulo!

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