P.O.V. Freen
Enquanto Becky adormecia tranquilamente em meus braços, minha mente continuava a girar. Por mais que estivesse imersa naquele momento, algo dentro de mim me alertava sobre o que o futuro poderia nos reservar. Tudo estava tão perfeito que era quase impossível não pensar em como as coisas poderiam mudar.
Eu respirei fundo, observando o rosto relaxado de Becky, e, por um instante, desejei que pudéssemos ficar assim para sempre, fora do alcance de qualquer complicação ou expectativa. Mas a realidade sempre tinha uma maneira de nos alcançar.
Minha mente voltou para o toque do celular, que interrompeu nosso momento anterior. Algo sobre aquela mensagem parecia ressoar, como um sinal de que a vida cotidiana estava prestes a invadir essa bolha que criamos. Havia o trabalho, os compromissos, as expectativas que cada um tinha sobre nós, e talvez... a necessidade de termos aquela conversa que nós adiamos.
Porém, por mais que soubesse que teríamos que enfrentar tudo isso eventualmente, agora não era o momento. Eu precisava estar presente para Becky, e ela, para mim.Senti seus dedos se mexendo suavemente sobre minha pele, mesmo dormindo, como se ela soubesse que, de alguma forma, eu estava presa em meus pensamentos.
Eu sorri, acariciando seu cabelo suavemente, e peguei o celular para responder a mensagem do trabalho.P.O.V. Becky
A luz que entrava pela janela indicava que já era tarde, e por um momento, desejei que o tempo parasse ali, naquela exata fração de segundo.
Mas logo ouvi o som familiar do meu celular vibrando sobre a mesa de cabeceira, estendi a mão e o peguei. Era P'Nam, desta vez com uma mensagem simples:
"Sei que a noite deve ter sido boa, mas não se atrasem"
Soltei uma risada silenciosa e respondi rapidamente.
"Foi melhor do que você imagina. Nos vemos depois."
Coloquei o celular de volta e me virei levemente para encarar Freen. Ela estava concentrada mexendo no celular, mas em seguida me olhou e um sorriso surgiu em seus lábios.
— Bom dia... (murmurei, com a voz ainda levemente rouca)
— Bom dia. (Ela se inclinou para dar um beijo na minha testa)
— Dormiu bem?
— Muito bem... (Disse, esticando o corpo como uma gata preguiçosa, antes de olhar para Freen com um brilho nos olhos)
— E você?
— Melhor impossível. (Ela respondeu sinceramente, deixando meus dedos deslizarem pelos seus braços)
— Mas acho que precisamos conversar.Eu franzi levemente o cenho, mas meu sorriso não desapareceu.
— Sobre o quê?
— Sobre nós. Sobre o que isso tudo significa.Ela me olhou por um longo segundo, antes de suspirar suavemente e se aconchegar ainda mais em mim.
— Freen, eu entendo o que você quer dizer. E, honestamente, eu também pensei sobre isso. Mas, a verdade é que... (Faço uma pausa, como se estivesse escolhendo as palavras com cuidado)
— Eu não quero complicar as coisas agora. Tudo o que sinto é que estamos onde deveríamos estar. Não precisamos rotular ou definir nada imediatamente.Houve um momento de silêncio.
— Entendo. (Freen concordou suavemente)
— Mas, Becky, eu só quero ter certeza de que isso... nós... não é algo temporário.Eu a encarei com os olhos cheios de sinceridade.
— Freen ( segurei seu rosto com delicadeza)
— Eu estou. E não é temporário. Eu te amo, e isso não vai mudar. Mas vamos dar um passo de cada vez, tá bom? Vamos aproveitar o que temos agora.
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30 Dias para Sentir
FanfictionFreen e Becky, colegas de trabalho e melhores amigas, sempre compartilharam uma conexão especial, mas nunca ousaram ir além dos limites impostos por suas vidas profissionais e o "ship" de seus fãs. Em meio a uma rotina agitada, um presente inesperad...