𝔪𝔦𝔫𝔤𝔦

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Sentia uma sensação estranha após a fala de Yunho, tentou não pensar muito sobre e lembrar apenas do lindo campo que virá. Já visitou o bosque de Ilyam, o que ficava dentro do reino, a grande árvore carvalho refletia no pequeno lago, a água pura como cristal, nos troncos caídos e espalhados pela terra, entrelaçados e escorrendo para o fundo do poço. E lá estava ele, sentado em um deles.

— Pensei que não chegaria a vê-lo antes de partir. - Chankyun sorriu triste observando o príncipe sentar-se ao seu lado.

— Pensou errado. - respondeu jogando uma pedrinha no lago e agarrando suas pernas num conforto.

Ambos estavam aproveitando o silêncio e a presença um do outro, Mingi não queria sentir-se só novamente, mesmo que o vampiro preenchesse suas noites vazias, aquela companhia que ele queria, a de Chan.

Sabia que o amigo tinha coisas para dizer, mas o seu silêncio fora mais que suficiente. Sorriu amargo olhando o chão.

— Lembra de quando me disse sobre sua família? - disse tão baixo, limpou a garganta, viu o assentir. - Que seus campos possuíam colinas altas espalhadas, o mar era calmo e retraído com águas mais limpas que qualquer um já vira.. O gramado vermelho estendendo-se por todo o castelo, e o povoado habita em beira mar. No Sul é agradavelmente calor e as pessoas sempre estão vagando nas águas, ou libertas com seus barcos planando por lá. - pausou refletindo sobre o lago, como ia sentir falta daquilo. - Prometeu a mim, que voltaria para me mostrar..

— É o que eu pretendo príncipe - não entendia aonde aquela conversa chegaria, mas gostava de escutá-lo falar. - Esperará por mim? - olhou sua face rubra e triste.

— Sempre. - sua voz sairá tão melancólica que pensou em iniciar um choro, engoliu qualquer resquício e abriu um sorriso.

Ambos aproximam-se como ímãs, Mingi não resistiu e abraçou tão forte que poderia prender a respiração do outro, sua cabeça descansou no ombro largo do rapaz e se atreveu a descê-la, cheirando o perfume de cravos. Dentro de si o choro se embolou, mas ele garantiu que não permitiria nenhuma lágrima, não naquela despedida. As mãos alheias acariciavam suas costas, buscando conforto.

No mesmo dia, Mingi observou o rapaz viajar, todos seus representantes presentes no pátio enquanto aguardavam a partida dos Lim. O príncipe ficou longe observando, quando o olhar do jovem caiu em si sentiu mil agulhas perfurarem sua pele, pareceu durar anos aquele contato, mas ele desviou triste subindo no cavalo. Deu rédeas e seguiu caminho sem olhar para trás, e o loiro também virou-se voltando para onde vinha.

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Escutou que alguns Domentka haviam chegado em Ninféria, não estava muito animado, mas fora convocado para recebê-los com seus irmãos. Quando encontrou com Rose e Minhyuk pelos corredores, apenas seguiu-os calado, ao entrarem na grande sala real a primeira coisa que notou foi os hóspedes, e suas características diferentes. Mingi observou vagamente cada um; a mulher não deixava de olhar para si, por tal motivo se sentia desconfortável, seu capuz lilás descia em suas costas com o bordado de uma águia, o vestido escuro marcava perfeitamente seu lindo corpo, não deixaria de comentar sobre as joias. Os dois homens, apresentados como Kan e Liam, eram robustos e de vestes escuras também, ambos com o mesmo desenho, feições fechadas e olhos afiados.

Com o brinde proposto, o príncipe teve a audácia de olhá-la mais uma vez, porém Nadália também encarava a si, sorridente e sugestiva.

No jantar, Mingi olhou para a mesa farta, as tábuas se diversificaram entre carne de carneiro e cervo, à belas nozes e melões. O príncipe permaneceu quieto e degustando da comida, todos conversavam muito, mas ele não tinha cabeça para aquilo, fez questão de se retirar mais cedo do que os outros. Naquele dia o loiro pensou em deitar-se logo, talvez fora o cansaço que aproveitava de seu pobre corpo, nem sequer lutou contra apenas se jogou na cama e adormeceu.

Império Imparcial; YUNGI *REESCREVENDO*Onde histórias criam vida. Descubra agora