Em meio à pressão das Olimpíadas de 2024, S/n Galvão Lima, uma artista multifacetada brasileira, encontra um novo rumo em sua vida ao se conectar com Flávia Saraiva, uma talentosa ginasta que está lutando para entender seus sentimentos e sua identid...
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A caminho de Paris, o clima no avião era de pura empolgação. As Olimpíadas eram o sonho de qualquer atleta, e, por mais que essa não fosse minha primeira vez, a ansiedade de competir ainda era a mesma. Estava cercado pelas minhas amigas e todas nós compartilhávamos o mesmo sentimento de expectativa e entusiasmo.
A conversa girava em torno de tudo que esperávamos encontrar em Paris. Jade, estava animada para ver o resultado dos collants que ela mesma havia desenhado. Eles eram lindos, com um toque de elegância e muita brasilidade, refletindo a força e a leveza que representávamos. A equipe estava radiante com a ideia de usar algo tão único e significativo durante as competições.
-Vocês não têm ideia de como fiquei nervosa durante as provas desses collants- Jade comentou, com um sorriso orgulhoso no rosto. -Mas ver todo mundo amando o resultado foi incrível. Mal posso esperar para usar na competição.
-Acho que todo mundo vai comentar sobre isso- disse Rebeca, sempre confiante. -Vai ser a nossa marca registrada, tenho certeza.
Falamos também sobre a roupa que recebemos para a cerimônia de abertura.
A conversa fluiu naturalmente para a Vila Olímpica, onde passaríamos as próximas semanas. Julia estava particularmente animada com a ideia de conhecer atletas de outros esportes e países.
-Imagina só, poder esbarrar com uma lenda do esporte no café da manhã!- Julia exclamou, brincando, mas claramente fascinada com a ideia.
-Deve ser bem legal mesmo- concordei, embora soubesse que meu foco estaria 100% nas competições. Claro, a ideia de socializar era bacana, mas, naquele momento, tudo o que eu queria era me preparar da melhor forma possível.
O avião continuava sua jornada rumo a Paris, e enquanto o tempo passava, eu não conseguia evitar de sentir uma mistura de nervosismo e excitação. A jornada até aqui havia sido longa e cheia de desafios, mas eu sabia que estava pronta para dar o meu melhor. Estava confiante de que nós cinco faríamos história, não apenas como atletas, mas como uma equipe unida e determinada a conquistar o mundo.
As horas de voo se arrastavam enquanto continuávamos nossa conversa, intercalando entre risadas e momentos de reflexão. Era difícil não sentir a responsabilidade que carregávamos, mas também havia uma alegria genuína em estar ali, entre amigas, vivendo algo que tantas pessoas apenas sonham. Paris estava cada vez mais perto, e com ela, o que poderia ser o ápice das nossas carreiras.
Enquanto o avião sobrevoava o Atlântico, os pensamentos começaram a se voltar para o que nos aguardava na cidade luz. Eu ainda me lembrava da minha primeira Olimpíada, cheia de medos e incertezas. Agora, com mais experiência e uma visão clara do que queria alcançar, me sentia mais preparada do que nunca. Mas, mesmo com toda essa confiança, era impossível ignorar o quanto cada detalhe contava, desde a preparação mental até a escolha dos collants.
