Em meio à pressão das Olimpíadas de 2024, S/n Galvão Lima, uma artista multifacetada brasileira, encontra um novo rumo em sua vida ao se conectar com Flávia Saraiva, uma talentosa ginasta que está lutando para entender seus sentimentos e sua identid...
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A noite envolvia a cidade de Paris com seu charme inconfundível, as luzes da metrópole refletiam nas águas do Sena, criando um cenário quase mágico. Em um dos hotéis mais sofisticados da cidade, S/n esperava no silêncio de seu quarto, enquanto o som distante da movimentação urbana se fundia ao leve murmúrio da TV ligada.
Ela estava inquieta, embora não quisesse admitir. Era raro sentir aquela mistura de antecipação e nervosismo, mas havia algo em Flavia que a fazia se sentir diferente, mais alerta, talvez até um pouco vulnerável.
Enquanto esperava, tentando dissipar a energia nervosa que parecia tomar conta dela, S/n se pegou imaginando como seria essa noite. Talvez só conversassem, talvez rissem sobre a festa, ou até falassem sobre o que as trazia a Paris – as Olimpíadas, as competições, a pressão.
O som suave de batidas na porta a trouxe de volta para a realidade. Ela suspirou, seu coração batendo um pouco mais rápido. Então, com um sorriso contido, ela girou a maçaneta, pronta para receber Flavia.
Ao abrir a porta, lá estava ela, Flavinha, um pouco tímida, mas com aquele brilho nos olhos que S/n já havia notado antes. Flavia parecia hesitante, talvez um pouco nervosa também, mas havia uma doçura em sua presença que a acalmou instantaneamente.
-Oi,- S/n disse com um sorriso genuíno, gesticulando para que Flavia entrasse. -Entre, fique à vontade.
Flavia deu um passo à frente, seus olhos percorrendo rapidamente o quarto antes de se fixarem novamente em S/n. Havia algo confortável e acolhedor no espaço, mas também era claro que Flavia estava um pouco desconcertada.
-Obrigada,- Flavia respondeu, sua voz suave quase se perdendo no ambiente.
S/n observou Flavia enquanto ela entrava no quarto, notando o jeito hesitante com que seus olhos percorriam o ambiente. Havia uma energia leve entre as duas, como se estivessem se equilibrando entre a novidade da situação e a curiosidade crescente.
-Eu pedi algumas coisas para a gente comer,- S/n começou, com a voz casual, mas cuidadosa. -Mas, se você quiser algo específico, é só me falar que eu peço.
Flavia sorriu, um sorriso pequeno e contido, mas que iluminou seu rosto. -Ah, não precisa, tá ótimo assim.- Ela parecia aliviada por não ter que tomar decisões naquele momento.
S/n assentiu, caminhando até a TV e pegando o controle remoto. -E quanto ao filme? Você prefere assistir dublado ou legendado?
Flavia hesitou por um momento, e depois respondeu, um pouco envergonhada: -Eu prefiro dublado. Dá pra prestar mais atenção, sabe?
S/n riu suavemente, sem nenhum julgamento, apenas achando graça da sinceridade de Flavia. -Entendi. Vou colocar um de comédia então. Nada melhor do que rir um pouco depois de um dia cheio.
