capítulo 14

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Gays homossexuais eu volteiii

Comentem e me deixem feliz

_-_-

S/n Lima Galvão on

Acordei com o barulho suave do serviço de quarto batendo na porta

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Acordei com o barulho suave do serviço de quarto batendo na porta. Pedi ontem que eles trouxessem meu café, um café bem simples, só pra evitar ter que descer e encarar o mundo lá fora tão cedo. Depois de ontem à noite, tudo que eu queria era ficar no meu canto, processando as coisas que estavam bagunçando minha cabeça.

O cheiro de café fresco logo preencheu o quarto, mas, mesmo com a caneca nas mãos, eu não conseguia me sentir completamente acordada. Me joguei de volta na cama, celular em mãos, tentando me distrair com redes sociais e mensagens não lidas, mas minha mente insistia em voltar à conversa com Rafael. A maneira como ele falou comigo, o jeito como ele estava certo... doía admitir, mas ele tinha razão. Eu estava me colocando numa situação difícil, quase impossível.

“Ela é hetero, S/n. Para de ficar em cima.”

As palavras dele ecoavam na minha cabeça como um mantra, me puxando para baixo. O problema é que, quanto mais eu tentava me afastar da ideia de Flávia, mais ela voltava. Como uma onda insistente que se recusa a recuar.

Suspirei, jogando o celular ao meu lado, tentando me convencer de que era só uma fase, uma obsessão passageira. Só que não parecia nada temporário. E isso estava me destruindo um pouco mais a cada dia.

Pensei em ligar pra Bela de novo, pedir conselhos, ouvir aquele tom de voz calmo que ela sempre usava pra me colocar no eixo. Mas antes que eu pudesse pegar o celular de volta, ele vibrou. Uma notificação.

Olhei para a tela e, por um segundo, meu coração parou. Uma mensagem da Flavinha.

"Bom dia, dorminhoca! Como você tá? 🌞"

Eu fiquei olhando para a mensagem, completamente em choque. Dorminhoca? Desde quando eu virei “dorminhoca” pra ela? Meu cérebro demorou alguns segundos pra processar o que aquilo significava, mas, ao mesmo tempo, tudo dentro de mim se acelerou.

Eu não sabia se sorria, se ficava nervosa, ou se simplesmente ignorava e seguia com o meu dia. A coisa mais racional a se fazer seria, claramente, não responder. Não alimentar isso. Mas a realidade é que eu queria. Eu queria muito. E esse era o meu maior problema.

Peguei o celular de volta, mas fiquei ali, encarando a tela. O que eu respondo? Respondo? Isso era um simples "bom dia" amigável ou tinha algo a mais escondido nessa mensagem? Minha mente começou a correr em círculos, tentando decifrar cada palavra, cada símbolo, cada emoji.

Será que ela realmente estava só sendo simpática? Será que era só isso?

Soltei um suspiro profundo, colocando o celular no colo e deitando a cabeça na almofada. Me sentia meio ridícula por estar tão afetada por uma mensagem simples, mas depois da conversa com o Rafael... parecia que tudo ganhava um peso diferente.

Um Salto Para O Amor (Flávia Saraiva & You Fem)Onde histórias criam vida. Descubra agora