Em meio à pressão das Olimpíadas de 2024, S/n Galvão Lima, uma artista multifacetada brasileira, encontra um novo rumo em sua vida ao se conectar com Flávia Saraiva, uma talentosa ginasta que está lutando para entender seus sentimentos e sua identid...
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O dia seguinte amanheceu tão brilhante quanto o turbilhão de pensamentos que giravam na minha cabeça. Eu estava no meu alojamento, me arrumando para a cerimônia de abertura das Olimpíadas, mas minha mente estava a quilômetros de distância. Ou melhor, ela estava lá, de volta à festa da noite anterior, presa em cada movimento e palavra de S/n.
A cada vez que olhava para o espelho, ajeitando o uniforme da delegação, me pegava questionando por que tinha reagido daquele jeito. Nunca tinha ficado tão hipnotizada por alguém. Mas era só isso? Era o carisma dela no palco? Ou a forma como ela tinha me puxado para dançar? Tinha algo a mais, uma intensidade que eu não conseguia definir.
Respirei fundo, tentando afastar esses pensamentos. Eu precisava me concentrar. Hoje era um grande dia. Mas, antes que pudesse afundar totalmente na preparação, meu celular vibrou na mesa ao lado. Peguei o aparelho e, para minha surpresa, havia uma mensagem de um número desconhecido.
"Ei Flavinha, é a S/n, cheguei tão cansada no hotel que não consegui te mandar mensagem depois da festa."
Meu coração deu um salto. Era ela. Senti um calor repentino subir pelo meu rosto. Com o celular na mão, fiquei encarando a tela, sem saber exatamente o que responder. E então, antes que pudesse reconsiderar, meus dedos se moveram sozinhos.
"Oi, S/n! Tudo bem? A festa foi incrível. Quer fazer algo depois da cerimônia de abertura?"
Assim que enviei, a realidade do que tinha acabado de fazer me atingiu como uma onda. Meu Deus, o que eu fiz? Uma pontada de pânico percorreu meu corpo. Eu mal conhecia a S/n. Nos falamos tão pouco, e agora eu estava a convidando para sair? E se ela pensasse que eu estava sendo invasiva ou apressada?
Me joguei na cama, pressionando o travesseiro contra o rosto. Por que você fez isso, Flávia? Continuei me praguejando em silêncio, repassando as possibilidades de resposta ou, pior, a chance de que ela simplesmente ignorasse a mensagem.
Mas, por outro lado, havia uma parte de mim que se recusava a se arrepender. Eu queria conhecê-la melhor, descobrir o que havia por trás daquela energia e confiança que ela exalava. Talvez... talvez não tivesse sido um erro.
Depois de alguns minutos me debatendo em meio à ansiedade, meu celular vibrou novamente. Senti meu coração acelerar ao ver a resposta de S/n aparecer na tela.
"Claro, podemos fazer algo sim. Mas olha, sei que depois da cerimônia você provavelmente vai estar cansada. Que tal você vir para o meu hotel? Podemos assistir a um filme ou algo assim, e eu posso pedir alguma coisa pra gente comer. O que acha?"
Sorri automaticamente ao ler a mensagem. S/n parecia tão despreocupada, tão à vontade com a ideia. Isso me tranquilizou um pouco, mas ao mesmo tempo, fez com que a incerteza e o nervosismo dentro de mim aumentassem. Eu estava prestes a responder quando outra mensagem apareceu logo em seguida.
