Eu conheci uma pessoa.
Alguém que fazia o sol parecer menor,
não por falta de brilho,
mas porque ela carregava consigo uma luz própria,
pintada de alegria em cada gesto.
Sempre sorrindo,
sempre estendendo a mão.
Havia uma leveza em seu ser,
uma liberdade desinibida que eu nunca entendi por completo,
como se o mundo fosse um palco aberto,
e ela, sem medo, dançava.
Era o tipo de pessoa que nunca deixava ninguém para trás.
Se via alguém sendo esquecido,
corria em sua defesa,
como um guardião de almas abandonadas.
Mas...
A sociedade não estava preparada para lidar com essa intensidade.
O brilho que irradiava foi mal compreendido,
confundido com busca por atenção.
Sua espontaneidade, vista como infantilidade,
Sua alegria, interpretada como algo irritante.
E, aos poucos, o solzinho se apagou.
Críticas desnecessárias golpearam sua luz,
e ela se escondeu.
O sorriso que outrora iluminava a todos,
foi levado pelo vento.
O carisma, agora envolto em silêncio,
se retraiu sob uma superfície apagada.
E o que restava da sua espontaneidade?
Desfeita por uma nuvem tão densa
que nem um único raio conseguia atravessar.
O mundo ficou em silêncio.
Eles conseguiram.
Uau! Vocês venceram!
Será que estão felizes?
Por quê?
Por quê?
Por que a intensidade não podia ser suportada?
Por que precisaram moldá-la até se encaixar em algo menor, mais fácil de lidar?
As pessoas não conseguiam lidar com sua intensidade, então, fizeram ele se adaptar com algo que conseguissem lidar.
E conseguiram.
O sol não brilha mais.
A luz, enfim, se apagou.
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Ecos de um silêncio
PoetryEm meio a um mundo repleto de vozes, você se encontra perdida em um labirinto de expectativas e silêncios, numa jornada de uma alma que, por muito tempo, viveu buscando incessantemente a aceitação. A narrativa se desenrola como uma dança delicada e...