DEDICATÓRIA/ CAPÍTULO 1

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DEDICATÓRIA
Começo expressando que não quero garotos bons, mas sim os maus que já amei, aqueles que destroem e cuidam dos nossos corações ao mesmo tempo. Que fariam de tudo por nós... um amor de louco, que exige psicológico, força e garra para continuar.

CAPÍTULO 1 - Lua

Sou uma garota de pele pálida por ser albina. Ao chegar em casa, logo estranhei ao ver uma caixinha de presente na minha sacada, que fica ao lado da cozinha. Caminhei até lá.

- Será que meus pais lembraram do meu aniversário pelo menos uma vez? - perguntei com um brilho nos olhos.

Alguns anos atrás, meus pais praticamente me expulsaram de casa quando completei 18 anos. Para eles, eu era estranha por ser albina. Com ódio da minha diferença, abusavam de mim verbal, física e mentalmente.

Peguei a caixa e fui até o sofá. Era preta com um laço vermelho. Quando a abri, me assustei e a deixei cair. Havia um dedo humano dentro da caixa. Corri para o banheiro, peguei um papel e voltei para a sala, jogando o dedo na privada. Fiquei olhando para a caixa, com medo de mexer nela novamente, mas a curiosidade me venceu. Caminhei até lá e a peguei de novo. Havia mais duas coisas na caixa: uma carta e um colar de rubi. Com receio, peguei o colar, o admirei e coloquei na mesa de centro. Em seguida, peguei a carta e comecei a ler.

CARTA

Oi, minha pequena coelhinha. Espero que tenha gostado do presente, escolhi tudo com muito carinho. Use o colar, você estava linda hoje na biblioteca, como sempre... Tomei coragem para lhe trazer esse presente, pois sei que seus pais nem sequer lembram do seu aniversário. Mas não se importe com eles, você não precisará deles, pois tem a mim. Deixei um dinheiro para você comprar mais livros, está em cima da sua cômoda.
Com carinho, seu stalker.♡

Meu sangue gelou ao ler essa carta. Com medo, fui acendendo todas as luzes do apartamento e vasculhei cada canto, mas não encontrei nada, o que me fez soltar um suspiro de alívio. Fechei e tranquei todas as entradas da casa e fechei as cortinas. Encarei o colar.

- Ele disse para eu usar o colar... mas se eu não usar, ele pode fazer algo comigo... - pensei.

Caminhei até o colar, lembrando com remorso do dedo que estava na caixa, e senti o estômago embrulhar.

"Como ele conseguiu um dedo? Como ele sabe sobre meus pais? E pior, como ele me viu hoje na biblioteca?"

Desesperada, coloquei o colar, com medo do que ele poderia fazer se eu não o usasse. Mas, por mais que eu estivesse assustada, não podia negar que ele tinha bom gosto. O vermelho do rubi fazia um contraste perfeito com minha pele pálida, e me lembrou de uma tendência que vi mais cedo: sangue na neve. Era realmente lindo. Fui até o espelho para ver melhor e percebi que o vermelho combinava muito com minha pele. Soltei um sorriso, momentaneamente esquecendo do que havia acontecido antes.

Depois, vesti meu pijama e voltei para a sala, onde vi a carta novamente e me lembrei do dedo que havia jogado fora. Rapidamente, guardei a carta em uma gaveta da estante junto com a caixa.

- Eu preciso comer e distrair minha cabeça... - falei para mim mesma.

Fui para a cozinha e comecei a fazer panquecas americanas, empilhando-as. Depois, voltei ao quarto e deitei na cama. Procurei o controle da TV e, ao olhar para a cômoda, vi o dinheiro que ele mencionou na carta. Peguei para ver quanto era.

- ESSE CARA É LOUCO, AQUI TEM 5.000!!! - exclamei, espantada com a quantia.

Sabia que era muito mais do que o meu salário. Guardei o dinheiro na minha carteira, que estava dentro da bolsa, e soltei um suspiro.

- Eu tenho que achar um jeito de devolver para ele, não preciso de tudo isso. Se eu usar para comprar livros, vão ser muitos. Achei que daria para comprar só um ou dois.

Ainda chocada e achando errado aceitar tanto dinheiro de um estranho, tentei me distrair ligando a TV. Coloquei um vídeo sobre casos criminais no YouTube para esfriar a cabeça. Quando terminei de comer, levei o prato até a pia e peguei o celular. Havia uma notificação de emergência do governo.

!Atenção!
Tranque suas casas e mantenha-se dentro de casa a partir das 20:00. Há um novo assassino em São Paulo!
Hoje encontramos uma de suas vítimas sem o dedo anelar. O assassino parece preferir matar apenas homens!

Olhei aterrorizada para a tela, sabendo que poderia ser considerada cúmplice por ter jogado o dedo fora. Logo em seguida, outra mensagem apareceu na tela.

!Desculpem o recado anterior! Parece que alguns adolescentes invadiram a rede e enviaram uma notícia falsa. Amanhã, esclareceremos tudo na TV aberta.

Eu não sabia em qual mensagem acreditar. Teria que esperar até a manhã seguinte para descobrir qual era verdadeira. Minhas mãos suavam de ansiedade e preocupação. Decidi tentar dormir. Coloquei o celular ao lado da cama e deitei, tentando relaxar.

Depois de me revirar na cama, sentindo-me observada, finalmente consegui dormir.

♡Quebra de tempo♡

No dia seguinte, acordei e me sentei na cama, sentindo um cheiro de rosas...

♧Continua♧

perseguidor noturno Onde histórias criam vida. Descubra agora