capítulo 5- Riat Archer

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Menina malcriada, nem sabe que posso ouvi-la, mas acredito o quanto foi engraçado vê-la brava. Não tinha mais tempo para conversar com ela; precisava ir falar com meu pior inimigo: meu pai. Odiava ter que vê-lo na minha frente, mas, embora eu seja responsável pela máfia brasileira e russa, ele poderia cuidar de uma delas sem me convocar toda hora.

Caminho até minha sala, pego o celular e mando uma mensagem para minha secretária pedir ao meu pai que suba. Não acreditava que estava fazendo isso, era ridículo ele trazer um relatório mensalmente.

- Meu querido filho! - ele entra sem bater, com um sorriso amarelo, tentando me convencerde sua falsa alegria.

- Senhor Archer. - aperto sua mão firmemente.

- Vim aqui trazer o relatório da máfia russa pessoalmente! - fala esbanjando orgulho:como se não fosse a obrigação dele.

- Pode deixar aí. Se for só isso, pode se retirar - respondo, sentando-me e olhando para ele com um sorriso forçado.

- Meu filho, sua administração da empresa está... - ele pausa e me olha de cima a baixo - meio, como posso dizer sem ser rude... - diz, fingindo diplomacia.

Fecho o punho com força. Sabia que ele iria tentar me diminuir novamente, como sempre fez. O mais irônico? O verdadeiro incompetente sempre foi ele. Mal consegue administrar a máfia russa, por isso deixei um administrador junto a ele, mas preciso de alguém de sangue puro na máfia, não quero ninguém a tomando enquanto estiver fora.

- Eu diria que a situação não está tão boa... Está se distraindo com outra coisa, meu filho? Me disseram que você anda visitando uma garota... Ela é linda, não?

Meu peito se aperta. Ele sabe sobre a Lua. Mas até onde vai o que ele sabe? O ódio cresce, e eu travo a mandíbula, pensando no que ele poderia fazer com ela.

- Será que ela faria uns serviços para mim? Deve trabalhar com isso, é muito bonita - ele continua, com um sotaque russo forçado, faz tempo que não ouço alguém falar russo perto de mim, mas é bem notável que esse era forçado.

Nesse momento, perco a cabeça e avanço com o punho cerrado. Meu pai recua até bater as costas na parede. Dou um soco próximo à sua cabeça, o som alto e ensurdecedor.

- Escuta aqui, seu desgraçado, você não vai tocar em um fio de cabelo dela, seu filho da puta - me viro, tentando me acalmar. Era meu pai e ele ainda estava à frente da máfia russa; ainda não podia matá-lo:não agora, talvez depois.

- Fui lá; ela é muito gentil. Seria uma ótima madrasta para você, não acha? Adoraria aproveitar aquele corpinho tão lindo somente para mim.

Sem pensar, tomado pela raiva, vou até minha mesa e pego um jarro, que atiro contra ele, atingindo sua cabeça e quebrando-o em mil pedaços. Caminho até ele, pego uma adaga da minha cintura e a finco em seu peito, começando a esfaqueá-lo ali mesmo. Ele cai no chão. Meus joelhos são cortados pelos cacos de vidro, mas não me importo. Pego um pedaço e o faço engolir à força, cortando sua garganta por dentro e fazendo-o se engasgar com o próprio sangue, como um cheque mate abro seu peito e arranco seu coração o devorando como um animal. Me levanto e assisto enquanto ele morre lentamente.

- Você foi longe demais só para me provocar, pai. Sabia das consequências... Eu estava com fome ao um tempo.

- Me ajude... - foi a última coisa que ele disse antes de morrer no chão do meu escritório.

- Que merda, que bagunça... - murmuro, passando as mãos pelo cabelo liso, o bagunçando.

Vou até o telefone e ligo para minha secretária, que atende rapidamente.

- Preciso que alguém venha limpar meu escritório e de uma passagem para a Rússia de última hora.

- Certo, senhor Archer. - ela responde, e ouço o som das teclas do computador. - O senhor não prefere usar seu jatinho?

- Pode ser. - Ouço novamente as teclas.

- Está tudo pronto, senhor. Ah, e sua noiva disse que irá lhe acompanhar.

- Fale a ela, que dessa vez ela vai ter que cuidar da máfia brasileira para mim, vai ser um ótimo treinamento para quando realmente for dela. - Desligo.

Que bagunça você me causou, coelhinha... Como poderei ficar longe de você, minha pequena?

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