Tainted Love

13

A viagem é silenciosa, mas cheia de tensão no ar, eu com meus pensamentos eróticos e Hiro tamborilando seus dedos no volante, cantarolando baixinho uma música que toca em sua rádio, e é uma que eu gosto muito por sinal, do DPR Ian "Don't Go Insane", é estranho como até as músicas que ele escolhe tem a ver com a minha personalidade, é como se o universo estivesse dando todos os sinais para ele, finjo não notar essa coincidência. Sim...eu estou tentando não ficar insana e não sentar em seu colo e cavalgar até o sol nascer, o controle sobre o meu corpo já está se esvaindo faz algum tempo. Necessidade e controle são duas linhas invisíveis que tentam me puxar para ir ao limite, estou realmente no abismo aqui, pensando se me jogo logo de uma vez, ou espero mais um pouco para o jogo não perder a graça, ainda não consegui pegar o meu tão adorável e gostoso prêmio, e eu preciso de mais dele, estar longe é uma tortura, mais estar tão perto e não poder tocá-lo é algo além do que consigo explicar.

Ao avistar a cafeteria rosa com flores falsas e extravagantes, tento segurar um sorriso travesso, minhas emoções estão começando a transbordar, e só sentei ao lado desse homem por breves minutos, preciso puxar novamente essa linha fodida de controle.

– Sempre venho aqui quando quero ficar sozinho ou apreciar a companhia de alguém especial. — Diz Hiro piscando para mim, logo ele sai do carro e em passadas rápidas para ao meu lado, não noto que ele queria abrir a porta para mim, até que eu saio sozinha e dou de cara com um homem emburrado, ás vezes preciso que me falem o que querem, caso contrário faço tudo do meu jeito, é assim e sempre foi. E haverá outras chances, quer me fazer dependente? Eu deixo, só preciso que me explique como quer e eu serei sua submissa por tempo... indeterminado eu diria.

– Eu gosto da localização, mas a decoração é um pouco... — Dou de ombros fazendo uma careta engraçada.

– Exagerada? Rosa demais? Sim, é o que eu falei para minha eomeoni. — Diz Hiro sorrindo, eu estou entrando em estado de combustão a cada momento que passo com ele falando "mãe" em coreano e isso acabou comigo de uma forma...excitante, não me julgue porquê eu me excitei com isso, reprimo um sorriso. Se ele continuar a falar desse jeito, eu com certeza não responderei pelos meus atos, ficarei totalmente insana e tirarei minhas belas roupas, para o ter me admirando como fizera outras vezes em que eu estava vestida. Farei logo mais os meus agradecimentos aos deuses ou porra que seja sobre a música que ele colocou e me deixou extremamente eletrizada, estava precisando desse ânimo.

– Héstia quer que eu redecore, nunca fiz nada do tipo, mas posso tentar. — O observo pensativa, analisando os milhares de milagres que terei que fazer aqui.

– Espero que você consiga, Héstia é tão chata quanto nossa mãe. — Reparei que agora ele evitou falar em sua língua natal, preciso fazer esse homem falar mais em coreano, sua voz se torna mais sexy do que o habitual, eu gosto do modo que ele fica desconcertado quando fala assim, significa que ele não está pensando muito, está nervoso?

Preciso fazer com que ele fique mais relaxado.

Hiro abre a porta da cafeteria, entramos lado a lado, sentindo o calor das nossas mãos se tocarem por um momento, o seu interior está banhado com o pôr do sol e sem querer acabo tropeçando numa cadeira a minha frente, Hiro me segura de lado, fazendo nossos corpos colarem, sinto seu aperto em minha cintura, fazendo-me ficar desconcertada instantaneamente, ele sorrir próximo aos meus lábios e afasta uma mecha do meu cabelo para atrás da orelha, está na cara que isso foi golpe baixo e terá volta, ele vai implorar de joelhos para que eu não o deixe excitado sem terminar o trabalho por completo.

Ele se afasta, mais sinto sua respiração em minha testa, isso faz meus pequenos lábios se contraírem imediatamente, sinto-me escorregadia, pronta para sentir seus grossos dedos me penetrarem... Puta que pariu, preciso de auto controle, não podemos fazer isso com sua irmã nos olhando com um sorriso perverso pairando nos lábios enquanto provavelmente olha pela câmera. Me recomponho e o sigo para o balcão, no ar sinto o cheiro doce de açúcar e o amargo do café em grãos que fica em cima da bancada.