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– Eu consegui pegar algumas filmagens, ele saía e entrava da sua casa como se fosse um morador. É realmente assustador que ele não tenha visto o seu arsenal.

Fico extremamente preocupada com Hiro, sei que meu perseguidor sabe sobre ele, por mais que Suzana tenha me confirmado e que eu também confirme que quando me mudei ele ainda não tenha entrado no apartamento que aluguei de meu tio Jack.

– Você quer que eu dê um jeito nisso? Sabe que podemos fazer isso.

Eu nego e aliso minha adaga, a mesma que Terry me presenteou no meu aniversário de 12 anos, em sua extensão existia rosas cravejadas que se destacavam toda vez que eu a observava, "Eu não sou homem de rosas, mas eu comprei essa adaga especialmente para você, pois quero que seja delicada como as rosas, mas essa é afiada e ótima para fazer um estrago.", depois disso meu pai tirou a pele de um cara aleatório, estou começando a ficar cansada das lembranças que começam a retornar. São brutais e nem um pouco aterrorizantes, já que eu engoli todo trauma com água e remédios.

– Eu vou conseguir encontrar esse cara, podem ficar tranquilos, mas estou começando a ficar inquieta em relação a Hiro.

John ri e Suzana se curva para não fazer o mesmo, eles são tão idiotas quanto Héstia e Paul que faziam piadas as minhas custas.

– Você fica esquisita falando sobre o cara que você gosta, parece que ele é uma criança de colo. — Suzana fala tentando ficar séria.

– Aonde está Hiro? Ele precisa da minha proteção. — John faz uma voz anasalada e infantil, é realmente esquisita.

– Vão se foder. — Eu digo apontando a adaga para eles e eles realmente caem na risada, eu odeio esses dois psicopatas de merda. – Não era para vocês terem senso de humor.

– Eu não sou psicopata, o John é. — Suzana fala apontando para o homem que não para de rir.

– Não gosto de títulos, só faço o que é para ser feito. — Eu nunca vi um homem tão esquisito como John.

Eu mostro o dedo do meio para meu amigo e saio da casa de Suzana bufando, é impressionante como fazer amizades é incrivelmente irritante, talvez eu comece a fazer piada deles também se é assim.

Dou um cavalo de pau na grama recém aparada de Suzana que sai correndo pela porta da frente e pega sua espingarda, eu acelero na grama fazendo com que tudo fique riscado de pneu queimado, abro a janela do passageiro para sorrir para minha amiga que mira a espingarda em minha direção e eu realmente corro para o portão que se abre.

O tiro passa de raspão em meu braço fazendo com que queime, deixando o vidro do carro na parte de trás e da frente em pedaços, paro em seu interfone e grito com a filha da puta que quase me matou.

– O meu carro é novo, sua otária.

– E a minha grama foi cortada hoje, vadia.

Eu sorrio e agarro a savior atirando em seu interfone. É reconfortante ter amizades sinceras, que não te julgam e que entram na brincadeira. Talvez se Martha e Peter tivessem saído comigo, eu teria me mudado para viver com eles. Meu coração palpita doendo tanto pela dor do braço quanto pelas memórias resgatadas, eles merecem ser lembrados por todo o carinho. Eu realmente espero que eles não tenham ficado naquele lugar dos infernos. O que me faz lembrar que quando fui matar a filha de Martha, ela havia desaparecido do mapa e nunca mais tive sinal de fumaça da desgraçada.

Dirijo para o meu apartamento, com muitas duvidas e incertezas, mas preciso realmente descobrir o que fazer a seguir, eu posso acabar com o meu stalker, por outro lado me excita saber que posso matar alguém sem pudor, já que ele pediu por isso.

Tainted LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora