Drácula on
— Ei, você! — De repente vejo um simples humano, pisando em meu território em plena meia noite. A brisa da noite era aconchegante e fria, o que despertava em mim ainda mais aquela sensação de me sentir um verdadeiro vampiro. Aquela sede de matar. Mas eu me perguntava o que um homem faria naquela floresta escura e tão tarde da noite.
— Ah! Quem é você? — Ele perguntava enquanto olhava para mim com medo, devido ao susto que tomou. Ele foi caminhando para trás, até que tropeçou e deu com as ilhargas no chão áspero e gélido. Ao olhar para mim, ele via alguém como ele, porém com os cabelos arrumados, diferente do mesmo. Largas roupas escuras que cobriam meu corpo, e uma pele mais pálida do que o comum. Além do clássico colar que abraçava meu pescoço, com um pingente vermelho escuro. Naquele pingente, há um sangue que eu nunca me atreveria a tomar.
— Se eu dissesse a essa altura, com certeza você infartaria... — Eu aleguei, enquanto percebia os primeiros pingos de chuva que caíam sobre nós como pequenas flechas frias e líquidas. O homem me olhava com medo, seus olhos turvos olhando para todos os lados, como se procurasse algum meio de sair daquela situação em que ele nunca se esqueceria.
— Não me enrole! Eu tenho uma espada e não tenho medo de usá-las! — Disse o homem apontando uma espada para mim, com uma expressão tão medonha que parecia que planejava jogar as espadas ao chão assim que eu movesse um único dedo.
— Você é engraçado. — sorrindo pra ele, eu comentei. Ele estava tremendo, eu sabia que era um blefe de um homem assustado.
— Fale logo! Não sou uma piada! — diz o homem se levantando, com a respiração falha. Suas mãos estavam trêmulas como seus olhos. Os pingos de chuva estavam ficando mais pesados e abrangentes. O céu estava chorando diante do momento fúnebre que aguardava o homem. Eu não gosto de humanos.
— Na verdade, você é sim. Eu sinto cheiro de sangue de longe, o seu fede a fracasso. — Assim que minhas palavras se acabaram em meio à chuva, eu dei as costas para o homem. Tomar sangue de humano me deixa mais poderoso, é o que me alimenta. Mas o sangue daquele sujeito não faria diferença para mim. Ele era daqueles tipos de homem que fugiria no primeiro minuto de batalha.
No mesmo instante em que me virei, prestes a ir embora, novamente eu me lembrei do motivo de eu odiar tanto os humanos. Ele veio correndo na minha direção, suas mãos trêmulas carregavam a espada com a intenção de me fatiar, mas acho que nessas horas, a adrenalina fala tão alto que eles perdem a noção do perigo. Eu segurei a lâmina usando as mãos, e com este simples ato, a mesma se partiu. O barulho da lâmina se quebrando assobiou sobre o silêncio da noite, em sintonia com o som suave e melancólico da chuva.
— Mas, o quê? — O homem diz espantado e paralisado de medo. Foi quando eu olhei seriamente para ele, lembrando-me de todas as coisas pelas quais a raça humana é tão repugnante. Acho que ele percebeu a tormenta do abismo em meus olhos. Subitamente, acabei mostrando minhas presas a ele sem querer, parece que humanos são sensíveis quando o assunto é o assustador Rei dos Vampiros.
— Saia desse lugar e eu terei piedade. — Eu disse com uma expressão calma, mas para ele, deve ter soado assustador. Mas não adiantou muita coisa. Ele tentou conjurar uma magia de vento para cima de mim.
— Força Eólica!! — A técnica que ele conjurou, e que jurou que iria me acertar, não foi nem capaz de acertar um único fio de cabelo. Era uma rajada de vento na minha direção, que infelizmente, teve de fracassar.
Minha raça de vampiros é muito superior, até em velocidade. E quanto a mim, Drácula, diferente dos outros vampiros, eu tenho uma força e velocidade descomunal, que me permite correr em velocidades altas sem ser visto a olho nu. E obviamente, não tem como acertar algo que você não vê. Sem vestígios ou sons, ele simplesmente me perdeu de vista, e seus olhos me encontraram de novo atrás dele.
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Promessa do Tempo - [Doutrina de Kronos]
Ficción GeneralHenry é um garoto de quatorze anos que veio junto de seus amigos de uma realidade onde não havia magia. Lá, um grupo chamado Osorph erradicou setenta por cento da humanidade. Agora que ele está em Jonoro, ele precisa aprender magia e dominar uma esp...