Capítulo 8: Redenção

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Depois de se livrarem das cordas que estavam prendendo-os, Ennard e Henry perceberam que estavam presos dentro de um pequeno vilarejo, com o símbolo da Yakuza “” no topo da vila, em um prédio feito de pedra e madeira. Ennard entendeu que tinham sido sequestrados, o possível alvo deles era Laric.

— Ennard, o que faremos? Eu não sei como viemos parar aqui. — Henry pergunta para  seu amigo enquanto ambos caminham para fora da sala em que foram presos.

O local onde eles estavam, podia até ser pequeno, mas era bem construído e os donos do local pareciam ter uma grande quantia de dinheiro. Aquele vilarejo não era composto por casas, fachadas, flores ou praças. Ele era como uma base militar medieval, onde as ruas serpenteavam entre armazéns escuros – mesmo à luz do dia – que com certeza deveriam guardar armas ou coisas do gênero.

— Olha, há uma probabilidade de que eles não liguem para nós, eles só querem a captura de Laric, somos praticamente insignificantes para eles. — Ennard refletia em voz alta, enquanto admirava as belíssimas e grandes construções do local. Apesar de grandes, elas ainda eram “bobas” se comparar com as casas e prédios de Kairós, no ano de dois mil e quarenta e dois.

— Vamos pegar esses primatas não evoluídos e achar a Laric! — Henry diz com um certo tom de ânimo e ansiedade. Após ambos correrem pela vila que parecia abandonada, não conseguiram ir muito longe. Até que são avistados por um paladino adulto com tatuagens de Yakuza, e a clássica jaqueta azul, denunciando sua posição de paladino militar da mais baixa patente depois de recruta, soldado.

— Muito bem, se prepare Ennard, “bora” lutar! — Com animação, o garoto de cabelos brancos exclamava para seu amigo, cerrando os punhos como se estivesse perante uma luta amistosa. Antes fora, mas a vida deles dependia daquilo, mas só Ennard enxergava dessa forma.

— Henry, não! Pelo menos, vá com calma. — Ennard diz se afastando. Ele estava precavido, pois sabia que uma semana de experiência talvez não fosse suficiente para se achar um mestre das conjurações.

— Vocês são apenas crianças. Escute seu amigo garoto! Vocês não têm chance! — O paladino de Yakuza falava enquanto meticulosamente subia a manga de sua jaqueta, revelando um braço rodeado de pelos e cicatrizes de chibata.

— Na Yakuza só tem os melhores dos melhores, temos que ter cuidado a cada passo, palavras de Laric. — Ennard dizia enquanto revirava os olhos, em tom de ironia em citar as palavras de Laric. Enquanto falava, seu corpo descia em movimentos cuidadosos para ajoelhar-se no chão.

—  E então? Pretende desistir, é sério? — Henry pergunta, ignorando o conselho de seu amigo. Ennard coloca a palma das mãos no chão lentamente enquanto ajoelhado, abaixa a cabeça, enquanto Henry tenta entender o que ele está fazendo.

— Desistindo garoto? — Perguntou o soldado de Yakuza. Seu peito estava estufado, e sua voz ficou forçadamente parecida com a de um super herói. Acontece que ele se exaltou um pouco após “ganhar” uma luta apenas com intimidação.

— Ennard? Isso já é demais, ele é só um paladino, nós temos pelo menos um pouco de chance! — Henry disse, confuso.

As mãos de Ennard estavam acariciando a grama, como se estivesse fazendo carinho em algum animal, mas logo a grama pareceu movimentar-se em volta de sua mão. Uma formiga que andava, parou bruscamente e temeu como se tivesse tomado um choque.

Quando o guarda se aproxima, então o chão próximo dele começa a tremer, logo em seguida, Ennard levanta o rosto com um sorriso de canto de boca.

— Trovão Subterrâneo!! — Ennard conjura o seu trovão subterrâneo, pegando o paladino de Yakuza de surpresa em um movimento completamente inesperado. O Yakuzeiro é atingido com tudo, sendo eletrocutado e sendo arremessado para trás, com um belo tombo. Henry e Ennard caem de risos. E quando o Yakuzeiro tenta se levantar, Henry corre até ele e chuta seu ombro, sentando em cima das costas do caído.

Promessa do Tempo - [Doutrina de Kronos]Onde histórias criam vida. Descubra agora