Capítulo 6: Doces Memórias

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O baile prosseguiu de forma magnífica. Calista dançou com Serena até que a amiga foi atraída por um rapaz charmoso. Com um sorriso, Calista decidiu dar uma pausa e se dirigiu à mesa de comidas. Ela percebeu que a última refeição que tinha feito fora no almoço, antes da equipe de arrumação chegar, e agora a mesa parecia irresistivelmente apetitosa, embora quase intocada.

"Eu recomendaria a torta de amora", alguém disse por trás dela.

Calista se virou, encontrando dois olhos azuis que a fitavam com curiosidade. Um sorriso encantador e uma covinha se formavam ao lado de um rosto bem definido, emoldurado por cabelos loiros perfeitamente penteados para trás. Ele vestia uma roupa azul elegante que destacava sua estatura. "Bonito", pensou Calista, um pouco surpresa com a presença dele.

"Por que exatamente?" ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

"É incrível como as amoras magicamente crescem mesmo no inverno e conseguem ser mais saborosas do que de costume", o rapaz respondeu, com um brilho travesso nos olhos.

Calista sorriu, intrigada. "Então, você está me dizendo que a torta de amora é uma experiência mágica?"

"Com certeza! E, acredite, é o tipo de magia que vale a pena experimentar. Posso até te prometer que não vai se arrepender."

"Então torta de amora, por favor", ela disse, sorrindo.

"Excelente escolha!", ele exclamou, fazendo uma pequena reverência. "Por sinal, meu nome é Dominic. E o seu?"

"Calista. Prazer em conhecê-lo, Dominic."

O jovem fez um gesto convidativo. "E que tal uma dança, Calista? Depois de uma torta mágica, uma dança seria a cereja do bolo."

Ela hesitou por um momento, lembrando-se de como Enrico a havia pressionado mais cedo. Mas a oferta de Theo era diferente. Ele tinha um jeito descontraído que a intrigava. "Por que não?", respondeu finalmente, aceitando a mão estendida dele.

Theo a conduziu até o centro do salão, onde a música suave envolvia os convidados. "Você dança tão bem" , ele disse, puxando-a para mais perto.

"Espero que isso não seja um elogio exagerado", ela brincou.

"De jeito nenhum. Eu sou um crítico de dança rigoroso", ele respondeu com um sorriso, começando a girá-la suavemente. "E você já é uma das melhores que vi esta noite."

"Você deve ter visto pouca gente, então," Calista disse, mantendo o tom leve.

"Na verdade, não. Eu estava apenas esperando por alguém especial para dançar", ele respondeu, olhando-a nos olhos com sinceridade.

Ela sentiu um calor subir pelo rosto, um pouco tímida com o elogio. "Bom, espero que você não esteja se referindo à torta de amora."

"Ah, mas eu tenho certeza de que a torta não é a única magia nesta noite", ele disse com um toque de malícia. "E você, Calista, é a verdadeira atração do baile."

Calista sorriu, sua resistência começando a derreter sob o olhar encantador do jovem. "Você é bom com palavras, Drelorian. Mas espero que você não esteja apenas me usando como um truque de mágica."

"Jamais. Você é uma rainha dançando entre os convidados, e eu sou apenas um humilde súdito encantado", ele respondeu, fazendo uma pequena reverência enquanto dançavam.

Calista riu, sentindo-se à vontade. "Então, que assim seja. Um súdito deve dançar com sua rainha!"

Calista riu e respondeu: "Acho que este palácio já tem o seu rei. Aliás, não vi nenhum homem com uma coroa grande na cabeça até agora. Onde ele está?"

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