Verlak

Capítulo 12: Ecos do Passado

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No silêncio confortável de seu quarto, Calista estava sentada perto da janela, observando a luz suave da manhã acariciar as árvores do jardim. O aroma do desjejum ainda pairava no ar, mas sua mente estava distante, imersa em pensamentos tranquilos. Foi então que ouviu um toque suave na porta. Levantando-se, ela ajeitou a barra do vestido e caminhou até a entrada.

"Pode entrar", disse, com a voz baixa.

A porta se abriu devagar, revelando a figura imponente de Drelorian. Ele entrou com sua típica elegância, o olhar caloroso e um sorriso leve nos lábios.

"Bom dia", ele disse suavemente, a voz firme, mas envolta em uma doçura que sempre fazia Calista se sentir especial. "Dormiu bem? Como passou a noite?"

Ela sorriu, sentindo o coração se aquecer com a gentileza da pergunta. "Dormi muito bem, obrigada. E você? Espero que tenha descansado também."

"Foi uma noite tranquila", ele respondeu, com um brilho brincalhão nos olhos. "Mas teria sido melhor se você estivesse comigo."

Calista soltou uma risada suave, desviando o olhar por um instante, tentando esconder o sorriso tímido que se formava.

"Eu adoraria passar o dia ao seu lado hoje", ele continuou, dando um passo à frente. Havia um leve pesar em sua voz quando completou: "Mas tenho muitos assuntos para resolver e isso vai me ocupar o dia todo."

"Entendo", ela respondeu, mantendo o sorriso compreensivo, embora seus olhos revelassem um toque de desapontamento.

Ele a observou por um momento, os olhos cheios de algo que parecia uma mistura de arrependimento e carinho. "Se precisar de qualquer coisa, por favor, não hesite em pedir. Eu não quero que você se sinta sozinha."

Calista sentiu um calor suave preencher seu peito e, com um olhar sincero, ela disse: "Obrigada, Drelorian. Só saber que você se importa já é suficiente para mim... Mas eu queria mesmo é que você não tivesse que ir e pudesse ficar comigo o dia todo."

Os olhos dele se suavizaram ainda mais, e ele se aproximou o bastante para erguer uma mão e acariciar o rosto dela com carinho. "Eu também queria isso... Mais do que você imagina."

Então, sem mais palavras, ele inclinou-se para ela e a beijou. O beijo foi terno, mas cheio de significado, uma promessa silenciosa de que, apesar das obrigações que os separariam naquele dia, ele sempre voltaria para ela.

Quando finalmente se afastou, ele a olhou nos olhos, como se quisesse prolongar aquele momento o máximo possível. "Até mais tarde."

Ela sorriu enquanto ele se afastava, observando-o sair pela porta. Por alguns segundos, Calista ficou parada, ainda imersa na doçura daquele momento. Respirou fundo e, depois de mais alguns minutos em silêncio, decidiu que era hora de seguir com seu dia.

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Pouco tempo depois, Calista deixou o quarto e foi até a biblioteca, onde sabia que encontraria Serena. Caminhou pelos corredores com passos decididos, até empurrar as portas altas de madeira. A luz suave da manhã se espalhava pelas estantes abarrotadas de livros antigos, e ali, próxima a uma mesa, estava Serena, examinando um grimório com atenção.

Ao perceber a presença de Calista, Serena ergueu os olhos e abriu um sorriso. "Bom dia, Calista."

Calista sorriu de volta, aproximando-se. "Bom dia. Está pronta para hoje?"

"Prontíssima", respondeu Serena, fechando o grimório e dando um passo na direção dela. "E você? Preparada para o que nos espera?"

"Sim", Calista assentiu, com um sorriso confiante.