A Dança da Possessividade

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A manhã do Grande Prêmio estava tensa, mas a adrenalina corria nas veias de Aurora. Ela havia se classificado em P1 no dia anterior, um feito incrível, mas a pressão aumentava à medida que o dia da corrida se aproximava. O circuito estava lotado, e as arquibancadas vibravam com a expectativa dos torcedores.

A corrida começou e, logo nos primeiros metros, Aurora demonstrou sua habilidade, mantendo a posição entre os líderes. Charles Leclerc, que havia largado em P2, estava determinado a conquistar a vitória e rapidamente se aproximou dela. O ritmo intenso e a competição acirrada deixaram Aurora em êxtase, mas o olhar atento de Arthur não estava longe de sua mente.

A corrida avançou, e enquanto Aurora lutava para manter a liderança, Charles finalmente a ultrapassou na volta 15, colocando-se na P1. Aurora tentou resistir e buscar a oportunidade de retomar a ponta, mas Charles era imbatível naquele dia, e, por mais que lutasse, Aurora acabou cruzando a linha de chegada em P2. Ollie, por outro lado, lutou para se manter competitivo e terminou em P4.

Ao final da corrida, Aurora estava exausta, mas satisfeita com seu desempenho. Ela se encontrou com Ollie na área dos boxes, onde ele a abraçou, seus olhos brilhando com orgulho. "Você esteve incrível hoje! Charles realmente estava em um nível à parte."

Aurora sorriu, tentando afastar o peso que sentia em seu coração. "Obrigada, Ollie. Vamos celebrar, mesmo que eu não tenha conseguido a vitória."

No entanto, ao voltar para o hotel, a sensação de desconforto começou a voltar. As notícias sobre a presença de Arthur no GP e seu olhar penetrante a seguir durante a corrida estavam fazendo sua mente girar.

Quando chegou ao quarto, Aurora decidiu que precisava falar com alguém. Com as mãos tremendo, ela pegou o telefone e começou a digitar uma mensagem para Lando, que sempre fora uma amizade sólida e uma fonte de apoio para ela.

"Oi, Lando. Preciso de você. Arthur está aqui e eu não sei o que fazer. Ele me seguiu ontem e eu estou com medo."

Alguns minutos depois, o telefone vibrou, e Lando respondeu: "Oi, Aurora. Eu estou aqui para você. Quer que eu venha te encontrar? Posso pegar um carro e estar aí em alguns minutos."

Ela hesitou. Era bom saber que tinha alguém em quem confiar, mas ela não queria causar preocupação desnecessária. "Não sei, não quero que você se preocupe. Só preciso de um tempo para pensar."

O telefone vibrou novamente. "Aurora, você não está sozinha nessa. Se precisar de ajuda, você sabe onde me encontrar. Apenas não deixe ele te intimidar. Você é mais forte do que pensa."

As palavras de Lando trouxeram um pouco de conforto, mas, ao mesmo tempo, o peso da situação ainda a oprimia. Aurora olhou pela janela, observando as luzes da cidade se acenderem conforme a noite se aproximava.

Então, seu celular vibrou de novo. Uma mensagem de Arthur apareceu na tela, e o coração dela disparou. Ele havia conseguido seu número de alguma forma.

"Você não pode fugir de mim, Aurora. Vamos conversar. Eu só quero entender o que está acontecendo entre nós."

Ela sentiu um frio na espinha. "Como você conseguiu meu número?" respondeu, com a voz tremendo. "Não quero falar com você. Isso já acabou."

Arthur respondeu quase imediatamente: "Você não pode simplesmente me ignorar. Eu ainda me preocupo com você. Venha para o bar do hotel. Eu estou esperando."

Aurora fechou os olhos, tentando conter o pânico. Ela não poderia deixar Arthur controlá-la novamente. Com determinação, decidiu que não iria atender ao chamado dele.

Acelerando Corações - Oliver BearmanOnde histórias criam vida. Descubra agora