Contrato com o Diabo.

prólogo.

oi amores :) eu nem demorei.

Queria dizer que nesse aqui teremos CLICHÊ, bobeira, hotssss e um enemies bem gostosinho. Apenas uma comédia romântica. Espero que gostem. 🩷

🔥

O ódio é um sentimento que queima, e é perigoso, perigoso demais.

Pior quando se é sentido lentamente, chega ser torturante. Principalmente quando se é derivado de paixão. 

Esse incêndio não era previsível, ele começou há mais ou menos sete anos, com muito, muito fogo e gasolina. Infelizmente tenho que admitir que o admirava naquela época. 

Seus projetos eram os mais bonitos e bem feitos que alguém já tinha feito. Por isso, naquela sala de reuniões, da Pinny Construtora - meu mais novo emprego - folheava seu último projeto, genuinamente interessada 

O chamavam de Nero, e eu me perguntava quem era o rosto por trás daquela assinatura e mente da qual eu tinha tanta curiosidade e admiração. 

Alguns o descreviam como grisalho, outros como um Deus e eu, para ser honesta, não esperava por isso tudo. Afinal, não existe nada pior que secretarias descrevendo homens. 

O que eu sabia era que ele era jovem, havia se formado há pouco tempo e que assim como eu, era um prodígio. Mal sabia que o pouco de encantamento que eu tinha, iria cair por terra. 

Nervosa, na minha primeira reunião, decidi ir ao banheiro. Travei ao escutar os gemidos desesperados de uma mulher na cabine ao lado. Notei que haviam dois pares de pés, franzi o nariz incomodada com aquela situação.

Aquilo era nojento.

Era um banheiro feminino no andar da presidência, em um dia de um projeto importante, pelo menos para mim, no auge dos meus 22 anos, no primeiro dia de admissão, numa das maiores empresas do Rio de janeiro e tinha a porra de um casal fodendo. 

Limpei a garganta e fiz o que tinha ido fazer,  ouvindo risadinha da cabine do lado, o que me fez bufar e sair do local sem nem mesmo lavar as mãos. Os gemidos me perseguiram por todo o caminho, ecoavam na minha mente, era crueldade com uma menina recém chegada e a beira de um ataque de nervos.

Tremendo com tamanha raiva e desgosto, tomei a primeira xícara de café em mãos, aguardando que todos tomassem seu lugar ou pelo menos chegassem até a sala de reuniões para finalmente ler meu projeto.

Eu estava nervosa para um caralho. 

As pessoas começaram a chegar e eu sorria gentilmente sem mostrar os dentes, continuei a folhear meu rascunho para memorizar aquelas palavras e não cometer nenhum erro, apesar de ter uma dicção invejável.

Até que alguém parou do meu lado. 

Seu perfume me lembrava paz em um dia chuvoso, não somente o seu perfume mas a mistura do perfume com o cheiro de sua pele. Trazia um cheiro forte mas suave, intoxicante na medida certa, fazendo eu me acalmar no mesmo instante. Depois desse dia, esse cheiro se tornou o meu pior pesadelo.

Ele parou do meu lado, folheando um dos exemplares do modelo de projeto, e eu, me mantive na mesma posição. 

— não é o tipo de projeto que eu escolheria. — Ele me disse.