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Eu tenho problemas com a Giovanna mal

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Eu tenho problemas com a Giovanna mal.

Não sei como lidar. Entro em pânico. Fujo todas as vezes até ela se organizar e voltar mais insuportável que nunca.

Era sempre assim.

Quando seu pai faleceu e eu a vi desolada, só deixei que ela passasse por mim sem nem olhar na sua cara. Talvez eu já sentisse os efeitos da mulher ali, mas, fingi que não tinha visto ela, porque entrei em pânico, vendo ela tão vulnerável.

Eu não sei lidar com a vulnerabilidade dela.

Mas dessa vez não tinha pra onde fugir, eu não podia simplesmente dar as costas para a mulher no estado em que ela estava, seus olhos estavam inchados, seu nariz vermelho e eu podia jurar que ela estava chorando antes.

Corri até uma farmácia e comprei o remédio que minha mãe costumava me dar quando eu tinha crise de enxaqueca na época da faculdade por estudar demais e funcionava muito, muito rápido e graças a Deus funcionou com ela também.

Depois de beijar a mulher dias atrás aqui estava eu, deitado na sua cama, zelando por seu sono, enquanto sentia o maldito perfume grudar na minha alma.

A mulher não saiu da minha cabeça desde a nossa última discussão no meu apartamento, parecia um vírus que corre por nossa corrente sanguínea tão rápido que do dia para noite estávamos doentes.

Eu me sentia doente. 

Ela nem parecia ser a insuportável que era enquanto dormia nos meus braços, ela finalmente estava relaxa, com o tempo ela ia se encaixando ainda mais no meu corpo até que eu, caio também no sono e por duas vezes.

Quando ela me contou do maldito ex, eu senti vontade de ir até o inferno se fosse necessário, buscar o filho da puta. Como alguém tem coragem de fazer algo desse tipo?

Rodrigo me contou que não havia dormido com ela e sim com a amiga dela, no mesmo dia do nosso beijo no meu escritório. Eu fiquei aliviado pra caralho. Por que eu estava pensando em como ia mandar o filho da puta embora da minha casa.

Eu sempre fui cachorro, mas sempre fui muito claro com relação aos meus relacionamentos ou casos. Nunca gostei da ideia de fazer outra pessoa de fantoche por puro tesão ou fetiche.

Mas isso era assunto pra outra hora, por isso, só concordei em ficar com ela. Até porque, enxaqueca era coisa séria, já fui parar no hospital diversas vezes sem saber meu próprio nome. Não deixaria que isso acontecesse com ela.

Já no final do segundo sono ela acordou.

— Meu deus que horas são!? — ela acorda assustada com tudo escuro e a tv parads nós créditos finais do programa. — não me diz que eu babei em você.

— Pior, roncou.

— Nunca!

— Roncou.

— Mentira! — ela resmunga e leva a mão até às temporas, reclamando baixinho — ainda dói, mesmo que de leve.

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